515 pessoas foram presas por crimes eleitorais neste domingo de eleições municipais
Entre as infrações mais frequentes, destacaram-se 1.057 casos de boca de urna, 423 registros de compra de votos e 309 ocorrências de propaganda eleitoral irregular.
Por Jovem Pan
O primeiro turno das eleições municipais no Brasil foi marcado por um número significativo de crimes eleitorais, totalizando 2.618 infrações e resultando em 515 prisões, conforme um balanço parcial divulgado na noite de domingo (6). Entre as infrações mais frequentes, destacaram-se 1.057 casos de boca de urna, 423 registros de compra de votos e 309 ocorrências de propaganda eleitoral irregular. Além disso, foram identificados 203 casos de violação ou tentativa de violação do sigilo do voto e 64 por desobediência a ordens da Justiça Eleitoral.
A operação de fiscalização e combate aos crimes eleitorais foi coordenada pelo Ministério da Justiça, com a participação de equipes da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional de Segurança Pública e representantes das secretarias de Segurança Pública dos estados.
A coordenação das ações ocorreu no Centro Integrado de Combate e Controle Nacional, em Brasília, que supervisionou as zonas eleitorais dos mais de 5.500 municípios do país. Durante a operação, foram apreendidos 47 veículos utilizados para transporte irregular de eleitores e 28 armas de fogo.
No total, 22 dos presos eram candidatos, o que evidencia a gravidade das infrações cometidas durante o pleito. Além disso, foram apreendidos R$ 520 mil em espécie, somando-se a outros R$ 21 milhões confiscados ao longo da campanha, relacionados a crimes como compra de votos.
A Polícia Federal estima que quase R$ 50 milhões em bens e valores foram apreendidos por crimes eleitorais. O balanço final do Ministério da Justiça e Segurança Pública está previsto para ser divulgado nesta segunda-feira.