FOLHAS DE OUTONO
(Um poema de Joceane Priamo)
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Como nuvem delicada
No marfim da porcelana
Desliza um fio de cabelo
Que cai, levemente, sobre o chão.
Sentada na cadeira de balanço,
Ela escuta os sussurros do espirito,
Divina memória! Doce lembrança!
O tempo deixa marcas na história.
A luz é pálida, mas é perfeita.
Sem mais nada a perder,
Revive o alvorecer da mocidade.
Entrega ensinamentos preciosos:
Quando quiser ser feliz
de verdade,
Viva bem sem ter razão.
Sem ritos e regras,
Abrace o tempo com carinho.
Saúde e beije a amada terra,
Que espalha as sementes
por este chão.
Se você é abençoada
Com longínquos anos de vida,
Note como são frágeis suas mãos.
Assim como a flor que dá origem ao fruto,
A folha, também, cai com mansidão.
Que o criador do universo permita
Que nenhuma idade limite
Em viver bem cada estação.
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Parabéns pelo lindo talento!
Excelente!