Soberba
(Claudemir M Moreira)
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Não há um minuto sequer de silêncio
Nesse grito estridente que ecoa, tão eterno
Ninguém enxerga essa ganância absurda que aprisiona
Sequer o tempo que se passa nesse inferno
Não há calmaria nesse extenso mar de lama
Águas turvas de um egoísmo divergente
Ondas que quebram e arrastam sofrimento
Trazendo a podridão de toda essa gente
Da poeira que carrega a reprimenda
Faz do vento o veículo espúrio
Alísios que cruzam e ferem teu caminho
Chibata invisível que condena ao perjúrio
Faz do tempo inimigo
Condena a ti mesmo, sem clemência
Faz da paz todo castigo
Leva contigo esse ar de insolência
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