SOB O SOL UNIVERSALISTA
(Um poema de Claudemir M. Moreira, escrito em 25/11/2007)
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O Sol
O Sol
O Sol
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Encoberto pelas Nuvens
Que passam sobre minha Cabeça.
Às vezes, peço a você:
Me esqueça!
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O Sol
O Sol
O Sol
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Que ativa o poder da Semente…
E que à Vida deve, tão somente,
Enquanto passa de repente,
O mais breve recitar.
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Afaste-se, aos poucos, da Parede
E cresça!
Não me aborreça!
Me esqueça!
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O Sol
O Sol
O pôr do Sol
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Que abre as cortinas para a Noite,
Solenemente.
Que acorda, entre tantos,
os morcegos.
E faz tudo, de repente,
Como um breve recriar.
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E a noite entra
Tão sinistra, indolente,
Com seus morcegos,
As mariposas
E Sombras e nuvens,
E sons distantes,
Reticentes.
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Eis o disfarce das Estrelas!
A alma é noite inteira!
Sem Bandeira, sem Fronteira…
Da minha vida, leira.
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Olhe a Lua por um instante!
A copa das Árvores ao Vento,
A superfície de um Rio corrente,
Segue a vida, indubitavelmente.
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E tudo na vida
É Movimento,
Mesmo inerte,
É alma dispersa
Ou só um momento.
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O sol, as nuvens, a cabeça…
A semente da vida, a parede…
À noite, sombras e estrelas…
Sem bandeira, sem fronteira…
A Lua, as árvores ao vento…
Um rio…
E o movimento…
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Maravilhoso seu poema, Claudemir! Iluminado!