Vivências empresariais e 5ª edição do Empresário Sombra por um dia na Acefb
Da assessoria/Acefb – Foi na manhã de terça, 9 de novembro, durante o Café Acefb Tech, na Associação Empresarial de Francisco Beltrão, a abertura do projeto “Empresário Sombra por um dia”. Na plateia, alunos do Ensino Médio (3º ano) do Colégio Sesi e empresários beltronenses. Na fanpage da Acefb, internautas acompanharam a transmissão, em tempo real.
Teve o momento das empresárias Cleidiane Krindges, contadora e consultora do grupo CRK Serviços e Negócios, e Zélia Mascarello, coordenadora do Núcleo Enova da Acefb e proprietária da ChoppBel, relatarem suas vivências no mundo dos negócios e do empreendedorismo.
Participaram do bate papo o empresário Rafael Menegotto (Inviolável Monitoramento), vice-presidente da Acefb para Assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação, e Joares Ribeiro, diretor executivo da entidade.
O projeto Empresário Sombra por um dia foi uma oportunidade de os estudantes do Colégio Sesi de Beltrão seguirem, durante o dia todo, os passos dos empresários em suas jornadas de trabalho, desde acompanhamento de notícias nos veículos de comunicação, participação em reuniões de negócio, visitas a clientes, e demais atividades do profissional. Assim, a experiência vivenciada pelos estudantes põe uma luz na escolha da futura profissão, bem como no vestibular pretendido.
Enova, núcleo da Acefb que coordena o Empresário Sombra
“Estamos felizes em poder realizar esse projeto, nem que seja nos últimos trinta segundos do último tempo do jogo. As coisas foram voltando ao normal nos últimos dois meses. Estar na Acefb ajuda a nos desenvolvermos como pessoas e como profissionais”, diz Zélia Mascarello. Segundo a empresária e coordenadora do Enova, o projeto pode ser alterado. “Um dia é pouco para o aluno conhecer a profissão, estamos pensando em reestruturar o projeto”.
O Enova é composto por sete empresas. “Convidamos novas empresas para conhecerem nossos projetos e ações. Nos reunimos todas as quintas-feiras pela manhã, na Acefb. E o Empresário Sombra é para nós levarmos o conhecimento prático aos alunos participantes do projeto. É um dia de experiência para eles saberem se realmente é aquilo que querem como profissão no futuro”, observa Zélia.
“É somente um dia, mas vivam essa experiência gostosa, estudantes. Como a Zélia disse hoje [terça], eu tenho que sentir se meu coração bate mais forte quando estou conhecendo uma profissão”, observa Cleidiane.
Empresária aos 13 anos
Cleidiane conta que, com apenas 13 anos de idade, teve sua primeira empresa: uma livraria em frente a uma escola. “Meu pai me emancipou na época e constitui minha empresa, na cidade de São Bernardino, Santa Catarina. Ali eu também vendia doces. Mas chegou um certo momento que eu não quis mais ser empresária e decidi ser uma colaboradora. Porque eu queria viver uma outra experiência”, relata.
A empresária lembra que “existe aquele colaborador que não cumpre apenas as oito horas de trabalho, ele vai além desse horário. Porque ele quer, por exemplo, se tornar um empresário. Quem vai evoluir na vida, na profissão, são vocês”, sugere.
Momento storytelling de Rafael Menegotto
Para ocorrer inovação, não precisa necessariamente de tecnologia. A explicação fica clara na explanação de Rafael. Utilizando de storytelling – arte de contar, desenvolver e adaptar histórias – o diretor da Acefb trouxe um exemplo de inovação sem o uso exclusivo de tecnologia.
“Conheço um caso de um hospital, que tinha um problema com um aparelho de ressonância magnética. Para quem conhece, sabe que o aparelho é um tubo redondo, em que a pessoa para fazer o exame tem que entrar dentro desse tubo. Para quem tem medo de espaço apertado, é um terror. Para piorar, faz um barulhão de um metal girando. E para completar, a pessoa precisa ficar imóvel, senão atrapalha nas imagens. Imagina esse processo para uma criança. Então, o hospital decidiu inovar. Ao invés de ter um aparelho de ressonância magnética, agora tem um submarino. A sala onde fica o aparelho foi transformada, pintaram como se fosse o fundo do mar. Enfermeiros e médicos criaram histórias e agora as crianças não estavam mais indo fazer um exame, e sim indo explorar o mar. O barulho agora é do submarino e a criança precisa ficar imóvel para conseguir encontrar o peixe Nemo. Antes, as crianças tinham que ser sedadas para ficarem imóveis e não atrapalhar no exame. Agora, a criança já está participando de uma aventura e o hospital conseguiu reduzir significativamente o uso de anestesia”.
Rafael acrescenta que não houve o uso de tecnologia para transformar o ambiente do hospital, e sim o despertar de muita criatividade entre os funcionários da casa de saúde. “Para isso acontecer, a cultura da inovação deve ser compartilhada por todos os colegas de trabalho, independente do ramo empresarial. A inovação pode levar a alguns erros, mas essa pessoa deve ter a liberdade para participar desses processos. Porque muitas vezes, para micro e pequenas empresas, a utilização de tecnologia pode ser muito cara. Já as pessoas estão ali, elas conhecem o dia a dia das empresas”, finaliza.
Legenda- Integração de empresários e estudantes.
Crédito: Júlia Rafaela/Acefb.