GeralVia Poiesis

Por onde andará toda a tecnologia?

(Uma crônica de Claudemir M. Moreira)

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Esses últimos acontecimentos trazem-me à mente o questionamento: “onde diabos está o grande avanço tecnológico da humanidade, se somos incapazes de controlar as reações metabólicas básicas do ser humano?” Pessoas ainda morrem de gripe, pessoas morrem de medo…

Queremos habitar Marte?

Mal sabemos o que há e o que se passa na Terra!

Mal sabemos o que se passa no corpo humano!

Não conseguimos entender um vírus, uma coisinha menor que 0,9 micrometro, e queremos encarar os desafios de Marte, de que nada sabemos?

Ah, vamos trocar as próprias fraldas, comer “sucrilhos” e assistirmos “Sessão da Tarde”, que ganhamos mais! Somos um nada frente ao universo… somos um nada frente à complexidade do corpo humano. Se não compreendemos a nós mesmos, vamos arranjar somente mais alguns problemas…

Que civilização é esta?

Vocês não sabem, mas vou contar. Essa medicina “top de linha”, que deixou seu narizinho bonitinho ou consertou suas orelhinhas de abano, usa de técnicas e instrumentais de tecnologia tão antiga quanto o instrumento de tortura que você estampa em seu peito ou leva pendurado em seu pescoço, como símbolo de santidade. E podem tentar dar o sentido que for, mas uma cruz não representa algo bom…. nem a cruz, nem a forca e nem um fuzil… e não falo de fé, falo de controle… mas deixe pra lá, vamos voltar ao assunto…

Civilização, controlada por poucos, que só pensa em encher os próprios bolsos!

Somos “os reis da tecnologia”, que precisamos de toneladas de equipamentos e combustíveis e foguetes para conseguirmos levantar voo e sair da Terra, mas “os poucos” querem fazer-nos acreditar que somos capazes de pousar em outro planeta, e depois levantar voo e voltar e pousar em segurança, de volta, à Terra…

Ahhh, lindo era o tempo em que eu acreditava nos contos caipiras, cheio de fábulas e seres folclóricos, que a Irene, a empregada doméstica lá de casa, de quando eu tinha entre 5 e 7 anos, contava-nos, em um quarto escuro, entre uma bacia de pipocas, alguns gritos de medo e umas belas risadas…

Essa civilização vive de disputa de poderes, nada mais…

Que civilização é essa que insiste em dar-nos vermífugos pra combater um vírus, que sequer é, verdadeiramente, um ser vivo? Vírus é uma partícula incapaz de produzir sua própria energia metabólica ou se multiplicar! Onde é que agiriam esses vermífugos ou parasiticidas, senão nas células de nosso próprio organismo? Querem combater o lobo, matando as galinhas?

Civilização de b…

Civilização que nos escraviza a mente, o corpo e a alma (e ainda há quem agradece!)… que fez dessa fútil tecnologia a chibata que açoita nossa alma.

E há muitos, por aí, maravilhados, pensando fazer parte da roda de chá das quatro dos atuais senhores de engenho…

Aceite o ardor da chibata no lombo de sua dignidade! Você faz parte do jogo sujo, mas não é um jogador… é só uma peça desprezível… facilmente substituível.

Os poucos controlam muitos…

Não encontramos um submarino e sequer um avião que caíra no mar, e queremos encontrar vida fora da Terra? Não encontramos vida, de verdade, nem em nós mesmos!

A Terra continua parcialmente desconhecida…

Acabaram de encontrar uma extensa floresta no Saara, algumas ruínas maias, egípcias… mais uma barreira de corais, dezenas de novas espécies de animais… coisas que estavam aí, bem na nossa cara e ninguém nunca havia se dado conta…

Civilização… de bosta! Presunçosa e preguiçosa…

Sabe onde anda toda nossa alta tecnologia? Enfiada em futilidades…

Nós não sabemos é nada!

Que tudo se exploda!

Ah, mas eu quero é ir para Marte, pentear os meus cabelos…

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