A morte aceita o presente
(Cláudio Loes)
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Quando o último rebento brotou,
No disparo do vento o pó se fez presente,
Enquanto ele seguia na direção do carvalho,
Partindo a cabeça oca ao meio.
De nada adiantou a força,
Seguir rígido até a última posição,
Ficando vendido no tempo,
Esse ingrato que só diminui.
A pancada fez tremer o chão,
Todos olharam e não acreditaram.
Ali estava mais um idiota
Acreditando ser possível vencer a morte.
Uma roleta russa contra tudo.
A morte tem sua hora,
Aquela que não sabemos quando será,
Mas se quiser adiantar ela aceita o presente.
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