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Alunos de medicina pagam R$ 3 milhões em formatura, chegam no evento e são informados sobre cancelamento

Os alunos de medicina da Unicesumar, em Maringá, no Paraná, afirmam terem sido vítimas de um calote na formatura que era para ter sido realizada no sábado (21). O evento, de responsabilidade da empresa Brave, era para 123 estudantes, que pagaram a formatura em parcelas durante os seis anos de graduação, chegando a um valor de quase R$ 3 milhões.

Nas redes sociais, alunos, amigos e familiares relatam a revolta. Segundo as publicações, todos foram ao local do evento no horário previsto e as decorações estavam sendo desmontadas.

Ainda segundo as publicações, o dono da Brave não teria pagado o buffet e outros serviços necessários para o evento, como a equipe de fotografia e, sem a verba, os funcionários decidiram desmontar tudo sem dar explicações aos alunos que haviam feito o pagamento ao longo dos anos. Após a confusão, os alunos decidiram chamar a polícia ao local. O dono do buffet, então, teria preparado um jantar simples e de graça para ajudá-los. Ainda durante o evento, ele precisou ir atrás de um botijão de gás e juntou a equipe para preparar, arroz, carne e batata, sendo que a estimativa era de mais de 15 opções em diversas ilhas de comida.

Alguns ficaram e tentaram aproveitar com o que restava e, outros, revoltados com a situação, foram embora. O responsável pela Brave, que é de Florianópolis, em Santa Catarina, foi chamado de caloteiro e fugiu para a sua cidade.

O prefeito de Maringá, Ulisses Maia, publicou nas redes sociais que lamenta o ocorrido e vai trabalhar junto com o Procon para auxiliar as famílias afetadas.

Sobre a empresa Brave Brasil

No site, a empresa se auto intitula como a “única do Brasil a atender apenas formaturas de medicina milionárias”. Agora, a página na web do ‘Reclama Aqui’ tem diversos relatos de clientes insatisfeitos. “A Brave pegou o dinheiro, não pagou nenhum fornecedor e não entregou a formatura. Foram seis anos pagando”, comentou indignado um aluno.

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“Gostaria de pedir reembolso dos convites pagos para a formatura, palhaçada eles cancelarem na madrugada do evento”, relata uma outra estudante. Além dos formandos, a empresa também reúne críticas de fornecedores que não foram pagos, cobranças indevidas e péssimo serviço.O R7 tentou contato com a Brave para um posicionamento, mas, até o momento, não obteve retorno.

Outro caso de golpe da formatura em menos de duas semanasDessa vez envolvendo uma aluna e não uma empresa especificamente, Alicia Dudy Muller, estudante de medicina da USP (Universidade de São Paulo), é acusada de ter desviado todo o dinheiro, avaliado em quase R$ 1 milhão, da comissão de formatura.As primeiras denúncias ocorreram no último dia 16 de janeiro, após a jovem, de 25 anos, mandar uma mensagem aos colegas no grupo de WhatsApp informando que teria sido vítima de um golpe após ter investido o dinheiro na bolsa de valores.Os alunos, desconfiados, foram até a delegacia para informar sobre o desvio do dinheiro. Após ficar mais de uma semana em silêncio, Alicia prestou depoimento e confessou que teria usado o valor em gastos pessoais.

Fonte: R7