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Cantores ressaltam a organização e a qualidade do 1º Festival de Canto Lírico

Evento foi marcado pela participação de professores renomados no Brasil e no exterior.

Assessoria –

Profissionais de canto lírico e estudantes participaram do 1º Festival de Canto Lírico, em Francisco Beltrão, organizado pela Sonata Centro de Artes e Cooperativa de Arte (Coperarte), através do Programa Estadual de Fomento e Incentivo à Cultura (Profice).

Cantores do 1º Festival do Canto Lírico e coordenadores do evento, em frente a Sonata Centro de Artes, onde aconteceram os ensaios. Crédito: Assessoria.

Entre eles, muitos alunos do professor Licio Bruno, do Espírito Santo, que vieram de diversas regiões do Brasil prestigiar o evento e se apresentar no concerto que encerrou o 1º Festival de Canto Lírico, sábado, no Teatro da Unisep. É o caso de Rosiane Queiroz, 28 anos, que veio de São Paulo. Ela canta desde criança e há nove se dedica ao canto lírico.

“Atingiu minha expectativa. Sou aluna do Licio Bruno há mais de três anos, e é um crescimento contínuo que eu tenho com ele, juntamente com o trabalho da Adriana Queiroz. Neste festival, temos vários níveis de cantores, tanto os de longa carreira quanto de uma carreira um pouco menor, então é um aprendizado para todos nós, não só no momento em que cantamos, mas também quando assistimos os outros artistas.”

Rosiane acrescenta: “É uma experiência muito honrosa, sobretudo porque temos a presença de uma brasileira que canta na Ópera Estatal de Berlim, na Alemanha, que é a Adriana Queiroz. Foi muito proveitoso. Recomendo a todos que gostam e que estão estudando que venham participar, porque é muito bonito o trabalho que está sendo feito.”

Samuel Barbosa, 21 anos, de Serra (ES), concorda: “Foi uma grande oportunidade pra mim. Sou aluno do professor Licio e já tive algumas aulas on-line com a professora Adriane. A princípio foi uma grande oportunidade conhecê-la presencialmente e também ter este momento de mergulho dentro da música lírica, de assistir outros jovens colegas cantando e no final ter a oportunidade de cantar num belo teatro, que é o da Unisep. O festival trouxe muitos conhecimentos e muitos momentos de emoção e de felicidade para todos nós.”

Renata Dourado, 35 anos, de Brasília, canta desde criança e há 15 anos trabalha como cantora lírica. Para ela, foi uma honra trabalhar com profissionais tão gabaritados como os professores Licio Bruno, Adriane Queiroz e Adalgisa Rosa, profissionais com renome no Brasil e no mundo, que destacam a cultura lírica brasileira fora do Brasil e fora dos seus estados, contribuindo com seu crescimento profissional.

“A cada dia que passa, mais esses profissionais têm a contribuir pra nossa formação, então pretendo estar aqui novamente na próxima edição. O festival é muito organizado, programado, com ótimos profissionais e faz com que a gente lembre da importância de eventos deste porte de aperfeiçoamento e aprimoramento de profissionais, não só da música, mas de todas as artes. Eu pude me aperfeiçoar, me reciclar, conhecer grandes profissionais, conhecer um local cultural novo, passar um pouquinho da minha cultura, da minha experiência e da minha arte”, diz Renata.

Max Petronio, 32 anos, de Vitória (ES), estuda canto lírico há três anos. “Vejo o evento como um grande portal pro conhecimento da música clássica e canto lírico, que é a área que eu atuo, sou tenor. Vejo como um excelente momento e uma oportunidade de estar aprendendo com grandes artistas, que estão se entregando para nos ensinar um pouco da arte que é a ópera.”


No concerto que encerrou o 1º Festival de Canto Lírico, os coordenadores do evento Roniedson, Etcheverry e Dotsy Rebelatto, da Sonata Centro de Artes, foram homenageados. Crédito Assessoria.

Emocionante

Max garante que o evento ultrapassou suas expectativas e comenta ter se emocionado bastante. “A capacidade dos professores trabalharem conosco a nossa técnica, o canto, a interpretação, vai além do que a gente possa esperar. Quando você canta para eles e eles corrigem e ensinam novas maneiras de atingir tal nota, atingir um tipo interpretativo ou até mesmo uma emoção através do seu som, é fantástico. Você testa o que eles ensinam ali, naquele momento, ao vivo, com todo mundo vendo, e funciona. Você leva isso pra vida, para sempre, vai levar isso para os palcos. É emocionante, hoje eu cantei e me emocionei, porque a gente vê que o trabalho é muito sério e enriquecedor. O que é plantado hoje aqui, a gente vai levar para o resto da vida, para os palcos, pra nossa profissão, é permanente.”

O pianista Ramon Lorete, de Cariacica (ES), toca repertório solo, com orquestras e acompanha vários instrumentos e cantores, como é o caso em Beltrão. “É ótimo, porque, no dia a dia, a gente trabalha com ótimos músicos, ótimos cantores, mas quando a gente tem uma semana imersa nisso, sentimos prazer no trabalho. Vemos o resultado sendo alcançado de uma forma excelente, é muito satisfatório. A gente, como professor, fica muito satisfeito e com muita vontade de trabalhar.”

Outro ponto destacado por muitos participantes foi a receptividade do povo beltronense, que acolheu muito bem os cantores, principalmente nas apresentações itinerantes, o que demonstra a receptividade também para o canto lírico.

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