Caso Thiago: Babá de menino de dois anos desaparecido diz nunca ter visto sinais de maus-tratos, segundo delegado
Thiago Rocha, de dois anos, foi visto pela última vez no sábado (10). Polícia investiga negligência da mãe. Imagens estão sendo analisadas pela polícia.
Por g1 PR e RPC
A babá do menino Thiago Rocha, de dois anos, disse em depoimento que nunca viu sinais de maus-tratos na criança. A declaração foi feita ao delegado João Reis, de Londrina, no norte do Paraná.
Inicialmente, a delegada Lívia Pini, que respondia interinamente, afirmou que nenhuma linha de investigação seria desconsiderada.
Segundo a polícia, a babá foi ouvida na quarta-feira (14). O depoimento dela sustentou a versão da mãe, que também afirmou ao delegado nunca ter cometido maus-tratos.
“Ela falou que a criança nunca apresentou sinais de maus-tratos, nenhum hematoma no corpo, nem algo que indicasse que a criança tivesse assustado com alguma coisa. Essa questão de maus-tratos nessa oitiva com a babá foi descartada”, disse.
A criança desapareceu no último sábado (10), no Parque Daissaku Ikeda, na Usina 3 Bocas, na zona sul de Londrina. A mãe é investigada por negligência. O padrasto da criança estava junto no momento do desaparecimento. Veja abaixo o que se sabe.
Além disso, a babá relatou que Thiago era ativo e gostava de brincar.
“Por exemplo, quando a criança estava em um veículo a babá levava ela para passear. Contou que uma vez a criança, no banco de trás, saiu rapidamente, passou entre os bancos do passageiro e do motorista para poder sair do veículo. Então é uma criança que já tinha essa rapidez, agilidade”, contou.
Buscas
Nesta quinta-feira (15), as buscas por Thiago entraram no 5º dia. Equipes atuam em um raio de 13 quilômetros na área do parque. Segundo o Corpo de Bombeiros, foram encerradas as buscas próximo ao Rio Tibagi, local onde deságua o Ribeirão Três Bocas. A operação conta, além dos Bombeiros, com a atuação da Guarda Municipal e Polícia Militar.
Investigação
De acordo com o delegado, o caso está sendo investigado, inicialmente, por negligência da mãe.
“A principal linha de investigação agora é de que a criança teria ido até o rio e se afogado, ou estaria perdida na região de mata”, afirmou.
Reis disse que aguarda o laudo pericial feito no carro da família usado no dia do desaparecimento.
O desaparecimento é investigado pelo Serviço de Investigação de Pessoas Desaparecidas (Sicride) e pela Delegacia de Homicídios de Londrina. A mãe e o namorado dela foram ouvidos durante o final de semana.
Na ocasião, a delegada Lívia Pini informou que nenhuma possibilidade era descartada sobre a criança ter desaparecido.
“Não afastamos nenhuma linha de investigação. Existe a possibilidade de ter sido algo eventual ou de ter ocorrido um homicídio. É isso que vamos apurar no inquérito. Quando eles foram ouvidos pela primeira vez, apresentaram relatos bem harmônicos do que aconteceu. São pequenas coisas que ainda precisamos esclarecer”.
Conforme a polícia, o casal contou que passou a tarde no local e, assim que organizou os pertences para ir embora, colocou o menino no carro.
Ainda de acordo com as investigações, a mãe e o padrasto relataram que perceberam que o garoto não estava mais no veículo a dois quilômetros do parque.
Conforme a polícia, o casal contou que passou a tarde no local e, assim que organizou os pertences para ir embora, colocou o menino no carro.
Ainda de acordo com as investigações, a mãe e o padrasto relataram que perceberam que o garoto não estava mais no veículo a dois quilômetros do parque.
Segundo a polícia, o celular deles será periciado para ver se há provas sobre o desaparecimento.
Parque desativado
O parque onde o menino desapareceu é de propriedade da Prefeitura de Londrina e está desativado desde 2016, após ter sido parcialmente destruído por fortes chuvas.
Além da mata, há um rio com correnteza no espaço, o que leva a polícia a acreditar que a criança pode ter caído na água.
A Polícia Civil disse que está analisando imagens de câmeras de segurança próximas de estabelecimentos comerciais próximos ao parque.
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Parque está desativado desde 2016 em Londrina (PR) — Foto: Reprodução/Polícia Civil