Cientistas descobrem novo tipo sanguíneo humano após 40 anos de mistério
A descoberta do novo tipo de sangue humano foi publicada na revista científica Blood e é resultado de 40 anos de pesquisa.
Por Jéssica Souza
Cientistas descobriram um novo tipo sanguíneo humano. A descoberta foi publicada na revista científica Blood e é resultado de 40 anos de pesquisa. O ‘novo’ elemento foi visto pela 1ª vez em 1982 e ganhou o nome de Er. “Este trabalho demonstra que mesmo depois de todas as pesquisas realizadas até agora, o simples glóbulo vermelho ainda pode nos surpreender”, disse Ash Toye, biólogo celular da Universidade de Bristol à Science Alert, instituição responsável pela descoberta.
O novo tipo de sangue
Os tipos de sangue já conhecidos pela ciência, foram descobertos pelo cientista austríaco Karl Landsteiner, em sua maioria, no começo do século XX: Sangues tipo A, B, O e AB, além do fator rhesus (positivo ou negativo). Já o tipo Er, visto pela primeira vez em 1982, agora, é classificado como 44º grupo sanguíneo existente entre os humanos. Segundo a publicação científica Science Alert, após o mapeamento, foi possível conhecer suas cinco variantes existentes a partir de uma análise em 13 pacientes, onde o sangue foi detectado. São elas: Er a, Er b, Er 3, além das novas Er 4 e Er 5.
Mais descobertas
Com a descoberta desse novo tipo de sangue, também é possível entender problemas de difícil compreensão, como a incompatibilidade em transfusões de sangue, inclusive a que ocorre entre mães e bebês durante a gravidez, que pode resultar em abortos ou na doença hemolítica — onde os glóbulos vermelhos do bebê são atacados pelos anticorpos da mãe.
O estudo, que deve ser aprofundado, já traz um horizonte para o desenvolvimento de novos tratamentos, pesquisa de mapeamento e mutações genéticas. Principalmente porque o levantamento científico mostrou que as primeiras pessoas detectadas com o tipo sanguíneo eram mulheres grávidas. A descoberta deve ser oficializada, fazendo com que o tipo Er entre no sistema de grupos sanguíneos. E, para que isso aconteça, a Sociedade Internacional de Transfusão de Sangue deve se reunir ainda este ano para realizar a validação.
Com informações de Olhar Digital