CORITIBA GARANTE VAGA ANTECIPADA NA SÉRIE A
Alviverde empatou com o Athletic, no Couto Pereira, e confirmou lugar na elite do Brasileiro em 2026.
Por Guto Marchiori — Curitiba
Coritiba é recebido com festa da torcida em jogo que valeu o acesso e o título da Série B.
O Coritiba está, oficialmente, de volta à elite do futebol brasileiro. Dois anos após a queda, o clube carimbou seu retorno à Série A de 2026 de forma antecipada, garantindo a vaga já na penúltima rodada da Série B do Brasileiro.
A confirmação veio sábado (15/11), com o empate diante da torcida no Couto Pereira. O Coxa ficou no 0 a 0 contra o Athletic, chegou aos 65 pontos e não pode mais ser alcançado por nenhum time fora do G4, o que garante matematicamente a vaga na Série A de 2026.
O resultado deixou um ponto de frustração nos torcedores, já que uma vitória também dava ao Coritiba o título antecipado da Série B.
Caso conquiste a taça, o Coxa vai repetir os feitos de 2007 e 2010, anos em que fechou a temporada não apenas subindo, mas também conquistando o título da Série B. O time ainda tem o jogo contra o Amazonas, já rebaixado, em Manaus, na última rodada.
Como consequência do acesso, o Coritiba assegura também uma vaga direta na terceira fase da Copa do Brasil de 2026. O Coxa, até então, não tinha garantido classificação para a disputa nacional, que tem o fator financeiro como principal atrativo.
Para o Coxa, este é um marco importante na história recente. Contando com este feito, o Coritiba soma agora cinco acessos à Série A desde que a Segunda Divisão passou a ter 20 clubes: 2007, 2010, 2019, 2021 e, agora, 2025.
O Alviverde retorna à Série A dois anos depois do rebaixamento, em 2023, após uma campanha desastrosa na elite. Em 2024, o time teve o pior desempenho na Série B nos pontos corridos, terminando em 12º lugar e longe da briga pelo G4. Agora, a volta por cima com o acesso confirmado.
ATHLETICO PARANAENSE PODE VOLTAR À SÉRIE A
Vice-líder, Furacão está perto de confirmar retorno à elite e luta também pelo título.
Por Jonathas Gabetel — Curitiba
O Athletico está muito perto do retorno à Série A do Campeonato Brasileiro. O Furacão precisa apenas de um empate contra o América-MG para confirmar o acesso na Série B – as equipes se enfrentam no domingo, às 16h30, pela 38ª rodada da Segundona.
Após a vitória de virada sobre a Ferroviária, por 2 a 1, no último domingo (16), na Arena Fonte Luminosa, a equipe rubro-negra foi a 97,71% de chance de subir para a elite do futebol nacional, conforme números do Gato Mestre.
Entre 33 possibilidades envolvendo as cinco equipes que disputam por três vagas (o líder Coritiba já está garantido matematicamente), apenas uma combinação é capaz de tirar o acesso do Athletico na rodada final da Série B:
Derrota do Athletico para o América-MG
Vitória do Criciúma sobre o Cuiabá (na Arena Pantanal)
Vitória da Chapecoense sobre o Atlético-GO (na Arena Condá)
Vitória do Goiás sobre o Remo (no Mangueirão)
Portanto, o Furacão pode subir até com um revés na Arena da Baixada, desde que um dos outros resultados acima não aconteça.
BRUNO HENRIQUE: PERDÃO DESPORTIVO – CASO CRIMINAL
A imprensa nacional divulgou sobre o caso Bruno Henrique, do Flamengo, que havia recebido uma pena de suspensão de 12 jogos fora do futebol, mas o goleador flamenguista acaba de receber um perdão do SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA DESPORTIVA
A publicação nacional é de 16 de novembro de 2025.
Jogador do Flamengo Bruno Henrique provocou cartão amarelo em jogo, para beneficiar familiares, isso ficou privado e divulgado como escândalo, mas nos últimos dias recebeu perdão da justiça desportiva e também do Flamengo.
Estranho, porque outros casos foram punidos até pela justiça federal.
É um questionamento, sobre a diferença de tratamento no caso do jogador Bruno Henrique em comparação com outros atletas envolvidos em esquemas de manipulação de resultados.
O caso dele realmente gerou muita discussão e envolveu tanto a Justiça Desportiva (STJD) quanto a Justiça Comum (Polícia Federal e Ministério Público).
A Decisão da Justiça Desportiva (STJD)
Nos últimos dias, a notícia principal foi que o Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) reverteu a suspensão anterior que havia sido aplicada a Bruno Henrique (12 jogos).
Resultado: Ele foi punido com uma multa de R$ 100 mil, mas não recebeu suspensão de jogos. Ou seja, ele está liberado para atuar pelo Flamengo.
A maioria dos auditores entendeu que, embora houvesse a comunicação de informação privilegiada ao irmão sobre o cartão e isso fosse uma conduta antiética, não houve prova cabal de que ele agiu de forma a “influenciar o resultado da partida”.
Mas por que a Diferença de Punição?
A aparente discrepância que se nota em relação a outros casos (como os investigados na “Operação Penalidade Máxima”) pode ser explicada pela distinção das esferas jurídicas e pelo entendimento legal do STJD:
No caso do Bruno Henrique, a defesa conseguiu convencer a maioria do Pleno do STJD a enquadrá-lo em um artigo menos grave (Art. 191 – descumprimento de regulamento) e não no Art. 243-A (fraude de resultado), que levou à suspensão de outros jogadores.
Em resumo, o “perdão” foi apenas na esfera desportiva (STJD), revertendo a suspensão de jogos. O caso criminal contra o jogador ainda está em curso na Justiça Comum.
A diferença central está na comprovação de que os outros jogadores faziam parte de um esquema criminoso em que aceitavam dinheiro para cometer atos específicos (cartões, pênaltis, etc.) visando fraudar resultados de apostas. Isso levou o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) a aplicar as penas mais severas previstas no Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).
As maiores punições na esfera desportiva foram o Banimento (Eliminação) do futebol profissional e suspensões longas (superiores a um ano).
Gabriel Tota – R$ 30 mil. Um dos casos mais graves, envolvido em diversas manipulações de cartões e pênaltis.
Ygor Catatau R$ 70 mil de multa. Punido pela participação direta em manipulação na Série B de 2022.
Matheus Gomes, R$ 10 mil de multa. Considerado culpado por participação comprovada em fraude de resultados.
Romário – não é aquele Romário, deveria ser chamado de Romarinho, para não ser confundido com o famoso – R$ 80 mil de multa. Recebeu R$ 150 mil para cometer um pênalti em jogo da Série B.
Nino Paraíba 720 dias (2 anos), R$ 40 mil de multa. Punição longa por participação em esquemas.
Dadá Belmonte 720 dias (2 anos) R$ 70 mil de multa. Recebeu uma das maiores suspensões por envolvimento em manipulação de cartões e outros lances.
Paulo Miranda 720 dias (2 anos) R$ 70 mil de multa e Suspensão de 2 anos por participação comprovada.
Igor Cariús 540 dias (1 ano e 6 meses) R$ 50 mil de multa, Suspenso por aceitar dinheiro para forçar ações em campo.
Eduardo Bauermann 360 dias (1 ano) R$ 35 mil de multa. Aceitou dinheiro para forçar um cartão amarelo.
Alef Manga 360 dias (1 ano) R$ 30 mil de multa. Suspenso por forçar um cartão amarelo intencionalmente. Cumpriu a pena, voltou a jogar pelo Coritiba, mas não foi bem aceito pelos torcedores do Coxa, acabou indo para o Avaí, e, atualmente não se sabe qual é o seu paradeiro.
A Diferença para o Caso Bruno Henrique
A punição mais branda de Bruno Henrique (apenas multa) se deve ao fato de que a maioria dos auditores do STJD entendeu que:
Ele não estava diretamente ligado ao esquema de apostadores e intermediários investigados na Operação Penalidade Máxima.
Os jogadores que receberam e estão cumprindo as maiores penas na esfera desportiva são aqueles que foram banidos do futebol pela Justiça Desportiva (STJD), com a punição estendida para o âmbito mundial pela FIFA.
Os principais jogadores com pena máxima por envolvimento na Operação Penalidade Máxima são:
Gabriel Tota, Igor Catatau e Matheus Gomes.
A punição máxima (banimento) tem um impacto financeiro e de carreira devastador, forçando os atletas a buscarem novas fontes de renda e, em alguns casos, a lidarem com a falência de suas carreiras e as multas aplicadas.
Fica um questionamento, esses jogadores pouco conhecidos, seriam punidos severamente se jogassem nas grandes equipes do futebol brasileiro?

