EU
(Um poema de Claudemir M. Moreira)
– Escrito em 11/11/2014
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Sou todos os seus amigos
E, também, os piores inimigos
Sou o suor que escorre em seu corpo
E o calor irradiado pelo Sol
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Sou todo Amor
Sou todo Ódio
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Sou toda lágrima perdida
E o sangue sujo derramado
Sou a marca irredutível da tristeza
E seu corpo cansado
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Sou todo prazer
Sou todo desespero
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Sou a esperança que lhe ofende
E o tapa repentino na sua cara
Sou apenas o tempo…
Ou, somente, o caminho
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Sou todo diálogo
Sou todo discórdia
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Sou a mão que cumprimenta
O desdém que, às vezes, afaga
Sou a porta que nunca se abre
E o egoísmo que massacra
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Sou todo muro
Sou todo ponte
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Sou o sorriso estampado em seu rosto
E a mácula que mancha o seu coração
Sou a tarde louca ensolarada
E a chuva fria desta noite
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Sou todo céu
Sou todo inferno
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Sou o dia rasurado em sua vida
E a célere crise existencial
Hiperbolicamente…
Eu!
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Claudemir, essa hipérbole representa muita gente! Maravilhoso seu poema!
Agradeço muito… sua opinião é, sempre, muito valiosa.
Seria bom se as pessoas percebessem que não somos 100% em nada, de nada e pra nada… somos apenas um pouco do tudo e um pouco do nada.