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Festival Internacional de Música Sonata atrai estudantes de vários países

O profissionalismo dos professores e a gratuidade das oficinas são determinantes.

Por Leandra Francischett

Adquirir conhecimento para repassar em seu lugar de origem. Este é um dos principais fatores que motivam a participação de estudantes nas oficinas do 10º Festival Internacional de Música Sonata Francisco Beltrão. Evento iniciou domingo e segue até dia 16, numa realização da Cooperativa de Arte de Francisco Beltrão (Coperarte), Sonata Centro de Artes e Ministério da Cultura. Há ainda parcerias locais, como Fistarol, Simonetto, Bons Negócios, Ítalo, Grupo Krindges, Vitral Sul, Acefb, Muralha Empresa Contábil, Alcast, Rumo e Cleimar de Carli.

É o caso de um grupo de argentinas, que veio especialmente para as duas semanas de evento. Carol Klosko, professora de música e regente de orquestra, participa do festival pelo quinto ano, tanto das oficinas quanto das apresentações itinerantes, que estão acontecendo em espaços públicos e privados de Beltrão. Carol é regente de um coral infantil na Prefeitura de Bernardo de Irigoyen e tem ainda um projeto de orquestra juvenil.

Carol destaca a oportunidade de retransmitir conhecimento para outros jovens na Argentina. “Agradecemos a possibilidade de fazermos aula com profissionais qualificados e ainda gratuitas. Assim fazemos uma rede de ajuda pedagógica musical para as crianças, já que professores daqui vão pra lá (Bernardo de Irigoyen) para o festival que organizamos, o Fronteira in Concert.”  

As estudantes Sabrina Bartoncello, 14 anos; Luzmila Acosta, 17; e Sofia Maidana, 22, também vieram com a professora Carol.  Sabrina, que toca contrabaixo, conta que veio para contribuir com seu enriquecimento profissional, porque quer se tornar uma grande musicista. “É importante participar de festivais, para percebermos como sabemos pouco. É um incentivo para crescermos.” A violinista Luzmila concorda: “Me encanta ver como os outros professores tocam tão bem, o que nos incentiva a estudar mais”.

Sofia toca violino e também é professora. Ela trouxe a filha Rebeka, de um aninho junto, o que demonstra o esforço dos músicos de fora para participarem de um evento desta grandeza. “Minha motivação é o nível das aulas. Nem todo mundo tem a oportunidade de vir para cá e carecemos muito de cultura. Gosto de me capacitar para passar conhecimento. Assim, sabemos um pouco de todos os instrumentos para então ensinar.”

Oficinas gratuitas

Segundo Roniedson Rebelatto, diretor geral do festival, contar com professores de excelência e a gratuidade das oficinas são determinantes para a participação de estudantes de outras países. Há professores da Espanha, Itália, Argentina, México e Paraguai, bem como das cidades de Brasília, Curitiba, Londrina, Maringá e Cascavel.

Foram disponibilizadas 250 vagas para 20 oficinas ministradas por 14 renomados professores do Brasil e do exterior. Simultaneamente às oficinas, acontecem apresentações itinerantes, em empresas e locais públicos, como na Abadia Santa Aliança. Além da região Sudoeste, há alunos de Curitiba, Cascavel, Chapecó (SC) e Xanxerê (SC).

“O empenho dos estudantes de vir para Francisco Beltrão já demonstra a importância de mantermos as oficinas de música durante o festival”, declara Dotsy Santi Rebelatto, diretora pedagógica do evento.

Mais informações na Sonata, localizada na Rua Maranhão, 572, Centro, Francisco Beltrão, ou pelos fones 3523 2092 e 98401 4566.

Legenda: Luzmila Acosta, Carol Klosko, Sabrina Bartoncello, Sofia Maidana e a filha Rebeka, da Argentina, com Roniedson Rebelatto, diretor geral do Festival Internacional de Música Sonata Beltrão. Crédito: Leandra Francischett