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Ficar com PIX recebido por engano pode ser crime de apropriação indébita e estelionato, avalia especialista

Receber um PIX por engano e ficar com o dinheiro pode configurar pelo menos dois crimes, segundo o Código Penal Brasileiro.

Por g1 PR 

Na avaliação do advogado Leonardo Fleischfresser, casos assim podem ser enquadrados como apropriação indébita e, também, como estelionato – crime no qual alguém engana a vítima para obter vantagem, na maioria das vezes, financeira.

O enquadramento de um crime é feito pela Polícia Civil durante uma investigação.

Em Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba, o professor Luiz Cezar Lustosa Garbini, viveu uma situação que, na avaliação do advogado, pode se encaixar nos crimes mencionados.

No fim de junho, Garbini devolveu um PIX de R$ 700 que havia caído por engano na conta bancária dele. Ao mesmo tempo em que devolveu o dinheiro, o banco também tirou R$ 700 da conta do professor para estornar a operação. Ou seja: quem transferiu os R$ 700 por engano, no fim das contas, recebeu R$ 1.400, e Garbini ficou no prejuízo.

O professor explicou a situação para quem tinha feito a transferência, mas a pessoa se negou a devolver o dinheiro que recebeu a mais. O caso foi parar na polícia. Relembre abaixo.

Prejuízo de R$ 700: como tudo aconteceu

O valor original que eu tinha era R$ 1 mil, quando eu recebi os R$ 700 dele, eu fiquei com R$ 1.700, mas daí eu enviei o PIX para ele e eu voltei para os meus R$ 1 mil. Só que passou 15 minutos, eu entrei na minha conta e eu estava só com R$ 300 reais”, explica.

Paralelamente, o professor entrou em contato com o Mercado Pago, banco onde tem conta, e contou o caso. Inicialmente ele recebeu uma resposta de que não seria possível reaver o dinheiro, mas um dia depois o banco mudou de posição e estornou os R$ 700 ao professor.

Antes de conseguir recuperar o dinheiro com o banco, o professor também recebeu uma doação de R$ 700 de um empresário do Rio Grande do Sul que se comoveu com honestidade de Garbini.