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“Golpe do link” sendo aplicado no Sudoeste do PR; vice da Acefb alerta empresários

Da assessoria/Acefb – A Dra Amariole Taís Marmet, advogada e vice-presidente da Associação Empresarial de Francisco Beltrão (Acefb) para Assuntos de Serviços, faz um alerta aos empresários do município e região Sudoeste na sexta-feira, 31 de março. De acordo com Mari, criminosos estão entrando em contato com lojas de materiais de construção da região solicitando um link para compra de materiais. Nesse link, pode ser pedido estorno dos valores após a compra.

Como funciona?

O cliente (criminoso) geralmente com documentos e informações de cartão de crédito de terceiros, entra em contato com a empresa de materiais de construção para fazer uma compra on-line, via link de pagamentos. Geralmente o contato ocorre pelo whatsapp, onde o golpista se passa por um cliente de fora da cidade. Eles escolhem os produtos e pedem para gerar o link de pagamento parcelado. Na sequência informam que irão retirar a compra na empresa.

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“Como a venda é de um valor significativo, isso acaba chamando a atenção e os vendedores não desconfiam. Contudo, nesse tipo de venda via link, é possível fazer o pedido de estorno e cancelamento da compra em até 10 dias. Eles enviam o pessoal para a retirada do produto na empresa, ou pedem para enviar por empresa de entrega. Após o envio, eles pedem o cancelamento da compra na empresa de cartão e o estorno do valor e somem. Esse tipo de golpe é extremamente bem elaborado, estão acontecendo em diversos segmentos, porém, atualmente têm sido registrados em empresas de materiais de construção”, explica Mari.

“Fica o alerta para os associados para não fazerem venda para pessoas de cidades distantes por meio de link e cartão sem antes uma verificação real e precisa deste potencial cliente, ainda mais em se tratando de compras de volume, pela primeira vez. O importante é perceber os sinais, o primeiro contato é via whatsapp geralmente, sempre consultar o CPF da pessoa para verificar eventuais restrições, verificar se a pessoa possui rede social ativa, e quando for venda de volume alto fazer um cadastro completo com informações do comprador, endereços, telefones de contato, solicitar referências comerciais, isso ajuda a prevenir golpes. Quando a empresa está mais atenta, geralmente os golpistas acabam sumindo. Aconteceu com um cliente meu, onde uma pessoa se dizia esse potencial comprador. Contudo, foi verificado que se tratava de um golpe”, assinala Mari.

“Como a compra é feita via link de pagamentos e sem a senha e fora do estabelecimento comercial, as empresas de cartão de crédito permitem o pedido de cancelamento e estorno porque identificam como uma compra suspeita”, completa Mari.

Caso empresas tenham sido lesadas nesse tipo de crime, a orientação é fazer um boletim de ocorrência por estelionato imediatamente, entrar em contato com a empresa de cartão para levantar informações a respeito do suposto cliente, e procurar um profissional de sua confiança para medidas judiciais cabíveis.

Foto: Dra Amariole Taís Marmet, advogada e vice-presidente da Associação Empresarial de Francisco Beltrão (Acefb) para Assuntos de Serviços.

Crédito: arquivo pessoal.