Impulsione-se!

Talvez não exista na face da terra algo mais dinâmico do que o mundo paralelo das redes sociais – aquele lugarzinho onde todos estão, o tempo todo, para opinar sobre qualquer assunto. E no decorrer da história já passamos por diversas fases onde a forma de nos comunicar foi evoluindo, do Mirc ao Orkut, do Facebook ao WhatsApp, seja através das redes puras ou dos aplicativos de mensagens. E por mudar e se transformar tanto, é que vem a pergunta: e agora, em que momento da história digital estamos? 

            Com relação às eleições deste ano, costumo dizer que o elemento “pandemia” foi apenas o empurrãozinho que faltava para muita gente entender a realidade. Como quase tudo na vida, às vezes precisamos ser “obrigados” a aderir a algo para, só assim, entender e desfrutar da sua importância. 

            Sem dúvida alguma, a principal novidade que temos para o momento não é nenhuma plataforma nova ou revolucionária – elas continuam basicamente as mesmas (com suas mudanças e atualizações, claro). Mas a verdadeira revolução está na forma cada vez mais profissionalizada de utilizá-las e extrair os seus benefícios. E a máxima é muito simples e clara: é importante produzir conteúdo relevante? Claro! Será essencial para compor a sua estratégia de comunicação. Porém, só isso basta? De jeito nenhum! Em uma batalha constante, como são as campanhas eleitorais, o que vale mesmo é o engajamento, o retorno, a conversão em votos e apoiadores. Para isso, é preciso ter alcance. E, muito infelizmente, foi-se o tempo em que as publicações alcançavam um grande público pelo simples fato de se tratar de algo interessante e qualificado. Hoje em dia as plataformas são empresas que visam – e muito – o lucro. Portanto, hoje em dia para alcançar mesmo, só pagando. E é aí que entra a grande novidade – que já pôde ser vista em 2018 – que é a regulamentação dos impulsionamentos nas redes sociais e compra de links patrocinados para se ter prioridade nos mecanismos de busca, como o Google, por exemplo. Ou seja, agora as campanhas poderão – legalmente e dentro das normas – pagar para que seus anúncios tenham alcances maiores e mais direcionados. 

            Ah! Por fim – e jamais menos importante – trago aqui alguns dados muito interessantes de uma pesquisa fresquinha sobre o perfil do eleitor conectado, realizada pela escola de marketing e comunicação política Presença Online, onde um grande mito já é desmantelado logo de cara: o Facebook está mais vivo do que nunca! Se considerarmos os números de acessos de “todos os dias” e “quase todos os dias”, temos 85% dos entrevistados no Facebook. Sim, é isso mesmo, 85%! Em segundo lugar, e também com a sua devida relevância e formatos específicos, 58% presentes no Instagram. Seja onde for, todo mundo na onda do “fique em casa”. Terra fértil à vista!