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LÚCIO ORO, BELTRONENSE QUE FAZ HISTÓRIA NA EUROPA

Procurei contato com o Lúcio Antônio Oro, através de seu pai Getúlio. Vale aqui lembrar que Lúcio é beltronense, filho de família pioneira em nossa terra, sua mãe é a senhora Iracy Tesser. O meu homenageado conta um pouco da sua trajetória como jogador e, hoje, treinador de vôlei na Alemanha.

Lúcio comemorando o título alemão 2021/22 pelo Berlin Recycling Volleys

Lúcio, 2 metros, 45 anos, diz que o vôlei entrou na sua vida em 1990, após ter praticado futebol e handebol. Os primeiros treinos foram na escolinha de voleibol da prefeitura municipal, no Ginásio Arrudão, sob o comando do professor Almir Hugo Lopes. Em 1992, jogou um primeiro torneio estadual representando o Grêmio Londrinense e no ano seguinte a mudança definitiva para o norte do Estado, dessa vez para jogar pela equipe do Canadá Country Club.

Foram três anos (1993/94 e 95), nesse período além de representar o clube, Lúcio atuou pelas seleções paranaense e brasileira em todas as categorias de base, desde o infanto até o juvenil, vencendo 2 campeonatos sul-americanos e um vice campeonato mundial. Já no adulto, recebe convite e se transfere para Maringá, disputando dois campeonatos da Superliga Brasileira de Vôlei pela então Telepar/Maringá. Em 1998, a mudança para São Caetano (SP).

Sem muitas presenças em campo em 3 anos de Superliga, Lúcio sente a necessidade de uma mudança radical e aceita a proposta de atuar na Argentina. O primeiro ano na equipe da cidade de San Juan e, posteriormente, dois campeonatos pela equipe da capital Buenos Aires, Club de Amigos. A escolha revelou-se fundamental para o seu desenvolvimento como atleta. Após ser destaque em 3 campeonatos na Argentina chegando a duas finais, em 2002, Lúcio é contratado pelo Cagliari. Na Itália foram 12 anos de campeonatos e sucessos, o maior deles foi jogar como titular pela equipe do Cuneo na semifinal do Italiano de 2006/07 ao lado do craque e compatriota Giba. Em 2014, Lúcio encerra a carreira de atleta aos 37 anos. 

Lúcio atuando pelo Bre Banca Lannutti Cuneo da Itália, temporada 2006/07

Em 2016, Lúcio recebe o convite que lhe abriu as portas para atuar como auxiliar técnico na equipe do Berlin Recycling Volleys. Após vencer o campeonato alemão, a transferência para a equipe do As seco Resovia da Polônia onde conquista um 3° lugar na Copa Europeia e em 2019 o retorno para a mesma equipe da capital alemã. Desde lá foram muitas conquistas, 2 campeonatos alemães, 3 Supercopas alemães e uma Copa da Alemanha. Lúcio acaba de renovar por mais dois anos com o Berlin Volleys.

Além do trabalho, Lúcio aproveitou da pandemia para retomar os estudos e está concluindo o curso de Bacharel em Educação Física pela Universidade Cruzeiro do Sul (Polo de Dois Vizinhos) para ser um profissional habilitado pelo Cref e quem sabe, no futuro, trabalhar no Brasil.

Lúcio em recente visita ao professor e amigo Almir Hugo Lopes.

No Brasil, Lúcio não teve grande visibilidade como atleta, pois construiu sua carreira na Itália optando pela cidadania do país europeu, todavia nunca esqueceu suas origens e a cidade de Francisco Beltrão. Lúcio Oro, como jogador e, atualmente como técnico de voleibol, tem orgulhado muitos beltronenses, que reconhecem nele um esportista de sucesso, um bom cidadão que soube se relacionar com outros povos e, através de suas conquistas, honrar o nome do município de Francisco Beltrão e do Brasil.

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