O Brasil da Convergência
Alea jacta est! O Brasil busca moderação e o equilíbrio
O período das convenções partidárias (até 5 de agosto) irá definir os candidatos para as eleições que ocorrerão em 7 de outubro, para Presidente da República, senador, deputados federais e estaduais, e governadores do Estado.
Dois fatos chamaram a atenção:
- A articulação do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin para obter o apoio do “centrão”, garantindo assim mais tempo de propaganda na televisão, e o discurso da jurista Dra Janaína Paschoal na convenção do PSL, que oficializou a candidatura do deputado Jair Bolsonaro.
- Alckmin espera abarcare alargar os eleitores indecisos, ideologicamente de centro, apostando assim que o voto dos extremos (tanto à esquerda, quanto à direita) não seja em maior quantidade que os votos dos mais moderados.
Quanto a isso, a Dra Janaina Pachoal ressaltou em seu discurso, que é preciso alargar possibilidades e somar, sendo preciso também saber ouvir os que pensam diferentes, pois um partido ou um candidato a presidente (que deve governar para toda a Nação), não pode estar refém de um pensamento único. O que ela quis dizer é que não se vence uma eleição (nem se governa) com extremismos.
Por isso que Alckmim também procura ampliar o leque de alianças, para não ficar enfeudado em guetos ou nichos da sociedade, nem em redomas ideológicas.
2-Isso quer dizer que o Brasil é a soma de várias culturas, e mesmo sendo uma nação de valores conservadores sólidos, enraizados numa cultura cristã, não significa que deva se encastelar numa única visão de pensamento, pelo contrário, pois o cristianismo sempre esteve aberto ao universal.
Nesse sentido, que a Dra Janaina Paschoal chamou a atenção dos bolsonaristas de não cair na tentação totalitária do pensamento único, ou mesmo da idolatração de um líder (mito), pois a vocação do Brasil é a abertura criativa a todos.
Somos um povo que convivemos com todas as raças e culturas, que sabe (e gosta) de dialogar com todos, por isso que buscamos o centro, e desconfiamos e não aderimos os extremos (sejam de esquerda ou direita).
O importante é que as instituições funcionem, e que a democracia consiga o amadurecimento que se faz necessário, para depurarmos as coisas e conseguirmos os avanços sociais que queremos.
O Brasil é um país rico, com uma agricultura pujante, precisa pois acertar na gestão dos seus ricos recursos naturais. As eleições desse ano evidenciam que a esquerda já não detém mais a hegemonia, que por durante mais de quarenta anos exerceu, desde à redemocratização, com a Nova República. Mas as forças da direita também não vão convencer com o que é retrógrado.
Por isso, o desafio agora é estarmos atentos, especialmente àqueles que realmente podem fazer o melhor pelo Brasil, em meio a tantos desafios da atualidade.