Paraná proíbe presença de aves em eventos agropecuários
Medida tem o objetivo de reduzir os riscos de transmissão do vírus da gripe aviária, que não foi detectado no Brasil, mas está em países da América do Sul. Medida está valendo por 90 dias.
AEN
O Governo do Estado, por meio da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), suspendeu a presença de quaisquer espécies de ave em eventos agropecuários, feiras, exposições, agremiações e atividades afins no Estado do Paraná por 90 dias, como medida preventiva à gripe aviária.
O Paraná é um dos maiores produtores de aves do Brasil e um dos maiores exportadores de carne de frangos e perus. Cerca de 35 frigoríficos estão instalados no Estado e geram milhares de empregos diretos e indiretos (avicultores e empresas da cadeia avícola).
A decisão foi assinada nessa semana pelo presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins. “O Paraná, como todo o Brasil, não registrou nenhum caso de gripe aviária até agora. No entanto, é preciso estar em constante alerta porque já houve detecção em alguns países da América do Sul, sobretudo em aves silvestres”, justificou Martins. Ele disse, ainda, que “a ação da Adapar visa evitar a presença dos animais em ambientes com previsão de trânsito de pessoas, reduzindo assim as possibilidades de eventual transmissão do vírus entre eles”.
Trabalho preventivo
De acordo com Otamir, o papel da instituição neste momento é trabalhar de forma preventiva e na conscientização do produtor de que é preciso tomar todos os cuidados para evitar a introdução do vírus nas granjas. “É importante lembrar que a ocorrência de gripe aviária em animais caseiros ou aves silvestres é preocupante, precisa ser evitada e controlada, mas não atinge comercialmente o Estado. No entanto, se for detectada em granja, afeta profundamente a exportação de frango”, argumentou.
Alerta aos avicultores
Os técnicos da iniciativa privada e do Governo do Estado têm alertado os produtores para que mantenham as portas dos aviários fechadas, que supervisionem continuamente as telas de proteção e que restrinjam as entradas nas granjas somente às pessoas necessárias ao manejo das aves, e com todos os cuidados sanitários adequados. “São ações simples que, caso não sejam seguidas, podem resultar em grande prejuízo”, reforça o presidente da Adapar.
Foto: Ari Dias/AEN