Reflexão
“Arrepender-se, confessar e deixar”
Romanos 8:8: “Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus”.
Faço uso das palavras acima de uma famosa frase de Martinho Lutero “Não voltar a fazer determinada coisa é a essência do mais verdadeiro arrependimento”. Pecado e inferno estão casados, a não ser que o arrependimento anuncie o divórcio” ( Spurgeon). Vamos as perguntas acima:
Há diferentes tipos de pecados
Para alguns teólogos, sim! Mas para outros, não! Pecado é pecado e ponto final. Vamos então para as Escrituras e meditar em alguns textos que falam sobre o assunto. O primeiro texto encontra-se em: I João 5:16,17. “Há pecado para morte, e por esse não digo que ore. Toda injustiça é pecado; e há pecado que não é para a morte”. Que pecado então não é para morte? Vejamos o que o Apóstolo Paulo diz sobre o pecado que não é para morte: “Porque o que faço não o aprovo; pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço isso faço.” Romanos 7:15. O apóstolo Paulo retrata a sua constante luta entre o homem interior e “exterior”, ou seja a natureza humana.
“Os justos carregam sua natureza carnal, os injustos são carregados por ela.”(Agostinho). Esta natureza humana que carregamos cravada em nossa carne o “pecado do Adão” conhecido como o pecado original. Dentro deste contexto o Apóstolo João escreveu este texto: “Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós”. I João 1:8. Mas glória a Deus que se confessarmos os nossos pecados somos purificados. “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 João 1:9). Então que pecado seria então para morte? Vejamos o que o Apostolo Pedro diz a respeito: “Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidas tornou-lhes o último estado pior do que o primeiro. Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da Justiça do que, conhecendo-o desviarem-se do Santo mandamento que lhes fora dado. Deste modo sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao seu próprio vômito, e a porca lavada ao espojadouro de lama” – Pedro 2:20-22. Podemos classificar as palavras do Apostolo Pedro como “Apostasia”.
O fato de alguém haver cometido algum crime ou pecado não é obstáculo permanente para a salvação. Jesus pode salvar qualquer pessoa que esteja disposta a aceitar a salvação. Ele não está primeiramente preocupado com o escuro passado de ninguém. Qualquer pecado e negligência pode ser apagado pelo Seu Sangue derramado na Cruz do Calvário. Existe uma condição para esse perdão, e este é o arrependimento, que vem unicamente pela obra do Espírito Santo. Enquanto houver arrependimento no coração do homem, haverá perdão no coração de Deus. É evidente que devemos nos lembrar de que o pecado não pode ser considerado trivial. Cada pecado nos endurece; cada vez que caímos, fazemos assim unicamente porque nos afastamos de Deus. Quanto mais fizermos isso, mais fácil será fazê-lo outra e outra vez… E embora possamos sempre nos arrepender e encontrar perdão, quanto mais pecarmos, mais endureceremos o coração Àquele que nos leva ao arrependimento, o Espírito Santo. Assim, é importantíssimo, cada dia, pedir o poder de Deus para nos purificar, regenerar e restaurar. (Veja I Cor. 10:13; Gálatas 5:16; Tito 3:5). “Arrepender-se, confessar e deixar” (Provérbios 28.13), esta é a atitude para o perdão de nossos pecados. “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito” (Romanos 8:1).
Pastor Fernando Alberto Araújo –
Comunidade Batista Betel – Francisco Beltrão-PR