Reflexão
As lições da Cruz
A Cruz é o símbolo central do cristianismo. É importante lembrar, que não foram os milagres de Jesus que nos salvaram, mas sim, a sua morte na Cruz. Foi na Cruz que Jesus suportou sofrimentos físicos terríveis, seu semblante ficou desfigurado: “…não tinha parecer nem formosura, e olhando para Ele, nenhuma beleza víamos para que O desejássemos” (Isaias 53.2b). Nossos pecados estavam sobre Ele: “Verdadeiramente, Ele tomou sobre Si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre Si, e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas Ele foi ferido pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniqüidades, o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados” – (Isaias 53.4,5). A Bíblia diz que Ele foi ferido: “Então, cuspiram-Lhe no rosto e Lhe davam punhaladas, e outros O esbofeteavam” (Mateus 26.67).
Sofreu laceração, ferimento produzido por instrumento que rasga, sendo resultado dos açoites que tinham se tornado uma arte entre os romanos. O chicote romano era uma tira de couro com várias extremidades, cada uma com uma ponteira de metal. O corpo de Jesus foi todo lacerado, rasgado. Em sua cabeça, a coroa de espinhos, como registra as Escrituras em João 19.2: “E os soldados, tecendo uma coroa de espinhos, a puseram sobre a cabeça”; As mãos e os pés de Jesus foram traspassados (os cravos eram cravados entre os ossos para não quebrá-los) e “… um dos soldados lhe furou com uma lança, o logo saiu sangue e água” – (João 19:34).
A Bíblia relata que o próprio universo entrou em convulsão. Houve trevas, conforme nos relata o Evangelho de Mateus 27.45 – “E, desde a hora sexta houve trevas sobre toda a terra, até a hora nona”. Houve terremoto: os túmulos se abriram – “… e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras. E abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados. E o centurião e os que com ele guardavam Jesus, vendo o terremoto, e as coisas que haviam sucedido, tiveram grande temor, e disseram: Verdadeiramente, este era Filho de Deus.” (Mateus 27.51b, 52 e 54).
Jesus sabia tudo o que estava reservado para Ele: que era necessário sofrer e morrer em favor dos nossos pecados, e mesmo diante de tanto sofrimento, Ele foi até o fim. Na cruz, Jesus foi desafiado pelos soldados judaicos, a descer e mostrar que era o próprio Deus e Rei. Poderia perfeitamente descer de lá e apenas com o sopro de Sua boca destruir todos os seus acusadores. Graças a Deus, Jesus não desceu da Cruz!
No meio da via dolorosa, os soldados romanos obrigaram um homem chamado Simão a ajudar Jesus a carregar a cruz. Este homem estava indo para Jerusalém, quando se encontrou com a turba que estava zombando de Jesus, que havia caído com o peso da cruz. Simão é forçado pelos soldados romanos a carregar a Cruz de Jesus ao Calvário, onde o Filho de Deus ia ser crucificado. Alguns textos bíblicos deixam claro que Simão se converteu e sua família se envolveu completamente na obra de Deus, conforme Marcos 15.21 que diz: “E constrangeram um certo Simão Cireneu, pai de Alexandre e de Rufo, que por ali passava, vindo do campo, a que levasse a cruz.”
A morte de Jesus na Cruz nos oferece perdão e nova vida. Quando Jesus estava morrendo, bebeu vinagre e proclamou em alta voz: “Está consumado!” A dívida está paga – “Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual, de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz. E despojando os principados e potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em Si mesmo” (Colossenses 2.14,15).
Fonte: Igreja Evangélica Assembleia de Deus
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Francisco Beltrão-Pr.