Saúde

Saúde: Brasil registra aumento de 75% no número de pessoas que adotam estilo de vida sem carne

Por Gabrielle Nascimento/ Bio Mundo

“O que leva as pessoas a mudarem o estilo de vida, principalmente em relação a alimentação está muitas vezes associada a uma ideologia, seja a preocupação com os animais e o meio ambiente, a influência de familiares, motivos religiosos ou espirituais e, em alguns casos, isso ocorre em decorrência de alguma condição clínica. Porém, cada uma delas tem o seu valor e peso individual,” afirma.

“Parar de comer carne tem suas vantagens e desvantagens. A carne é uma das principais fontes de proteínas, cálcio, vitamina B12, minerais extremamente importantes como o ferro e outros. Por exemplo, no caso do ferro, o chamado ferro heme (Fe 2+), também chamado de ferro ferroso ou orgânico, é encontrado apenas em alimentos de origem animal, como carnes, aves e frutos do mar, a partir da hemoglobina e da mioglobina provenientes desses produtos. Então, ao passar para uma dieta mais restrita, a pessoa precisa ter um acompanhamento nutricional para assim compensar esses nutrientes e fazer uma suplementação adequada”, continua ela.

“As dúvidas sobre os alimentos que substituem a carne são frequentes, por isso, é extremamente necessário fazer avaliações clínicas regularmente. Através de exames é possível identificar a necessidade de suplementar e repor cada nutriente de maneira correta, mas é claro, alguns alimentos já são indicados de forma tabelada nas consultas, que podem complementar a alimentação de qualquer pessoa adepta da dieta mais variada”, informa a nutricionista.

É claro que os alimentos importantes para compor um prato nutritivo independe da restrição alimentar adotada, é sempre possível fazer substituições ou suplementação adequada de acordo com as indicações médicas.

“É importante abrir o leque alimentar e investir em leguminosas, como a soja, a lentilha, a ervilha e o grão-de-bico, que são úteis na tarefa de ingerir proteínas. Além disso, é importante incluir cereais integrais, hortaliças, cogumelos, algas e, claro, gorduras saudáveis como a do azeite de oliva, sementes e oleaginosas. E para facilitar a absorção do ferro contido nos legumes, a recomendação é incluir na refeição uma fonte de vitamina C, que pode ser uma fruta cítrica como a laranja, o limão, a acerola e o morango”, finaliza Fernanda.

No caso da carne, alimentos para substituí-la são fáceis de encontrar, mas quanto maior a variedade e qualidade no sabor, melhor será, e o desejo de consumir produtos de origem animal também será menor.