VOLÚPIA
(Cleusa Piovesan)
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O vinho na mesa,
O fogo a crepitar na lareira.
Nossos corpos nus
Fazendo uma dança de sombras na parede,
Aquecidos pelo prazer que ondula
À procura de espaço para extravasar
Caímos no tapete peludo
Seus tentáculos a me penetrar
Com mãos habilidosas
Sua boca explorando a geografia de meu corpo
Suga meus mamilos túrgidos
Abre minhas pernas bambas
E invade o recôndito de meus desejos
E dança dentro de mim
Até que minha mente rodopie
Abandonada na volúpia
De sentir a quentura de seu sêmen
A escorrer por minhas pernas úmidas
E o mundo só para de girar
Quando me aninho em seus braços
E adormeço.
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