Coluna PET

CONTAMINAÇÃO ALIMENTAR – Parte 2: A Contaminação Química

A contaminação Química ocorre quando os alimentos são submetidos ao contato – direto ou indireto – com substâncias e/ou reagentes químicos. Estes contaminantes podem ser de origem natural ou artificial.

A presença de compostos químicos estranhos ou de toxinas produzidas por microrganismos causam sérios danos à saúde publica mundial, com o agravante de quase sempre passar despercebida como causa primária, muitas vezes causando danos metabólicos de fundo crônico.

As contaminações químicas podem advir da própria matéria-prima, oriundas de substâncias usadas na produção agropecuária ou de contaminantes ambientais, ou de sua própria constituição; podem ocorrer de falhas no transporte ou armazenamento; por contato direto ou mesmo do próprio ar. Falhas no manuseio, durante o processo fabril, podem submeter os alimentos a diversas substâncias químicas que podem ocasionar graves contaminações.

Mas não para por aí… Mesmo após a industrialização ou distribuição de alimentos, encontramos muitas possibilidades de riscos. Isto pode ocorrer em depósitos ou prateleiras de supermercados ou na própria residência do consumidor. Muitos produtos de uso doméstico são possíveis meios de contaminação. Produtos de limpeza e higiene pessoal, aromatizadores de ambiente, inseticidas, produtos de jardinagem, medicamentos e outros, usados na própria residência, podem causar graves contaminações dos alimentos.

Outra fonte de contaminação química muito relevante são as embalagens e utensílios utilizados indevidamente no armazenamento ou preparo dos alimentos. Plásticos, isopor, metais, papel e até mesmo utensílios de madeira podem liberar moléculas ou compostos químicos perigosos, por reagirem com o calor ou frio extremo ou com outras substâncias usadas (vinagre, por exemplo) ou, ainda, com a composição do próprio alimento; ou por liberarem naturalmente moléculas tóxicas, como é o caso do alumínio, um grave contaminante causador de danos crônicos.

Substâncias geralmente presentes em alimentos industrializados, como corantes e conservantes, também são perigosos para a saúde. Não podemos aceitar que, pelo simples fato de estarem de acordo ao permitido, seja “atestado de segurança” e que não nos causem problemas. Podemos classificá-las como contaminantes sancionados, até porque muitos poderiam não estar presentes – como é o caso de corantes usados em cápsulas de suplementos alimentares – ou estar em concentrações significativamente menores. E estas substâncias, por fazerem parte do processo, dentro das indústrias, podem vir a exceder o percentual tolerado ou atingir outros produtos, que normalmente não os conteria, por falhas de manipulação ou acidentes.

As toxinas naturalmente geradas pelo próprio alimento devem ser consideradas e compreendidas. Essas substâncias naturais podem causar sérios problemas e são mais frequentes do que se imagina. Podem ser produzidas por microrganismos ou pelo próprio alimento, como os Glicoalcaloides produzidos pelas batatas, por exemplo, que poucos conhecem, mas que podem representar sérios riscos de saúde, por atingirem o sistema nervoso central. Estes glicoalcaloides estão contidos, em maior concentração, na casca e nas brotações, e geram uma coloração verde, quando em concentrações mais perigosas.

A contaminação química, ao contrário da biológica, é muito menosprezada e pode representar sérios prejuízos à saúde pública, muitas vezes de fundo crônico e desconsiderado, podendo levar a casos de reações alérgicas, a danos hepáticos, renais, hormonais e danos neurológicos severos, aumento no risco de doenças degenerativas e até o desenvolvimento de câncer, podendo levar à morte.

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