A morte do poeta
(Claudemir M Moreira)
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A poesia é o próprio poeta
afogado em suas mágoas,
Enlouquecido em seus delírios,
Amalgamado em suas máculas.
Das amarras que magoam;
Dos liames, desgostoso.
Das agruras que lhe prendem,
Faz piada, esconde o choro.
Morre a todo instante,
Como um lábaro errante.
As fronteiras da sua mente,
Que se abrem, eternamente…
Morte sem medo,
Dores sem marcas,
Flores e cheiro.
Presunção e segredo.
Eis a alma do poeta!
Ora espúria, ora tão genuína…
Lapidada, insigne.
E ela está morta…
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