Educação

Alunos da Engenharia Química são selecionados para estudar em Portugal e na França

Estudar no exterior é o sonho de muitos jovens e a UTFPR de Francisco Beltrão tem proporcionado, por meio de acordos internacionais, que seus alunos façam parte da graduação em instituições renomadas de países da América Latina e da Europa. No próximo semestre quatro alunos do curso de Engenharia Química devem embarcar rumo a Portugal e França. Eles participaram do processo seletivo e foram selecionados, entre outros critérios, pelo coeficiente de rendimento nos estudos. Outros dois alunos do curso de Engenharia Ambiental, que já estão na França há quase dois anos, devem retornar nos próximos meses.

Atualmente a universidade oferta duas modalidades diferentes de intercâmbio: a Mobilidade Estudantil Internacional (MEI) e a Dupla Diplomação. A principal diferença entre as duas é que no MEI o aluno fica na universidade de destino por um período mais curto e retorna à UTFPR para concluir a sua graduação. Já na dupla diplomação são dois anos dedicados no exterior e o estudante retorna com diploma válido em ambos os países.

De acordo com a responsável pelo Departamento de Relações Interinstitucionais (Derint) do câmpus, Carina Merkle Lingnau, o aluno que entra na universidade já pode vislumbrar a oportunidade e se preparar durante o seu curso de graduação. “O coeficiente de rendimento alto e a proficiência na língua do país de destino, são alguns dos requisitos e critérios de classificação. Por isso é importante se dedicar durante toda a graduação”, destaca.

Experiência

Além de todo o conhecimento acadêmico envolvido há também a questão da imersão cultural, da língua e da própria vivência. Para muitos dos jovens que embarcam neste desafio, essa é a primeira experiência longe da família e com responsabilidades diferentes como a de gerir a economia e a casa.

Os alunos Julia Faust Haoach e Leonardo Titon estão no 8º período da Engenharia Química e foram selecionados para a Mobilidade Estudantil Internacional (MEI). Eles embarcarão para estudar no Instituto Politécnico de Portugal (IPP) por seis meses. Ambos são de Francisco Beltrão e terão a primeira experiência internacional. “O processo foi muito rápido, me inscrevi e em uma semana já estava com o resultado em mãos. É a primeira vez que vou morar fora de casa e a minha família me deu total apoio por entender a importância para minha carreira”, comemora Júlia.

Leonardo Titon conta que se inscreveu mas sem muita expectativa. “Fiquei surpreso e feliz com a oportunidade. “Já temos uma base concreta da Engenharia Química no Brasil, agora vamos conhecer novas metodologia e a visão que Portugal e a Europa tem da área, isso vai agregar muito em nosso aprendizado”, finalizou.

A estudante do 9º período, Alana Caroline Franciskievicz, também vai a Portugal, mas para a cidade de Bragança.

Roberta Hergessel De Castro, também do 8º período embarca para a França para estudar na Université de Technologie Compiègne (UTC). Aceita por meio do programa de Dupla Diplomação, ao fim de seus estudos vai receber diploma válido no Brasil e na Europa. “Ainda somos jovens então temos que abraçar as oportunidades que a vida nos oferece. É um sonho o que estou vivendo. Já estudei a língua e estou contando com o auxílio dos colegas que estão na França”.

Para o coordenador da Engenharia Química, André Zuber, “estamos colhendo os frutos do conceito 5 que recebemos na avaliação do Mec. Para ser selecionado o aluno precisa ter coeficiente alto, o que é consequência de um ensino de qualidade. Certamente passaremos a ser referência dentro do próprio sistema da UTFPR”, ressalta.

Zuber acredita que a experiência deles será “algo fantástico no sentido de oportunidades, tanto em conhecer uma nova cultura, conviver com uma população diferente, bem como dentro da academia já que a Engenharia Química em outros países pode ter um enfoque diferente”, afirma o coordenador que passou pela experiência de fazer o mestrado e o doutorado em Doha, no Catar.