Aos beijos da morte
(Por Claudemir M Moreira)
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Nem toda revolta é ódio
Nem todo rancor, desprezo
Nem todo amor, desejo
Aos olhos da morte, o preço
Hoje, sua mente fraca é prisioneira
Somente os parvos não veem
Da riqueza desse vasto território, descreem
E os cretinos alcoviteiros usurparam sua bandeira
Nem toda virtude é o bem
Nem todo pavor é medo
Nem toda fumaça é fogo
Aos gritos de fúria, recomeço
Nem todo alvorecer clareia
Nem todo caminho é areia
Nem tudo que sobe, desce
Nem tudo que desce, padece
Hoje o fogo queima ao horizonte
Árvores tombam e o cinza cresce
E tudo é tão belo aos olhos dos loucos
E todo esse inferno é o céu para os tolos
Nem todo som é música
Nem toda angústia, um dia, acaba
Nem toda paixão é lúdica
Aos beijos insanos…
Espúria