Policiais

Casal é preso suspeito de usar falsa agência para aplicar golpe em pais de crianças que sonham em ser modelos

Delegado da PCPR Fábio Machado pede que outras vítimas do casal se apresentem à polícia para denunciá-los — Foto: Reprodução.

Por g1 PR 

De acordo com a polícia, os golpes passam de R$ 500 mil. Suspeitos foram denunciados pelo MP por seis estelionatos consumados e cinco tentativas de estelionato, entre outros crimes.
Um homem e uma mulher foram presos em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, suspeitos de aplicar golpes em pais de crianças na região da capital paranaense.
De acordo com as investigações, o casal se passava por agentes de modelos e prometia levar as crianças para atuarem em desfiles em Paris, na França.

Com isso, os suspeitos pediam dinheiro aos pais para pagar passaportes, roupas, passagens aéreas e demais burocracias – mas as viagens nunca aconteciam, diz a Polícia Civil (PCPR).
A polícia afirma que os golpes passam de R$ 500 mil.
A dupla de suspeitos, de 39 e 41 anos, foi denunciada pelo Ministério Público por seis estelionatos consumados, cinco tentativas de estelionato, furto qualificado mediante abuso de confiança, concurso de pessoas, apropriação indevida e ameaça.
As investigações surgiram após uma das mães desconfiar da dupla. Segundo Marli Almeida, os falsos agentes afirmaram que iam marcar um evento para as crianças ensaiarem, mas a data era sempre adiada.
A filha dela tem 12 anos e é miss de São José dos Pinhais.
“O sentimento é de tristeza, de saber que estelionatários usam do sonhos de meninas, de crianças, dos pais pra usufruir, pra tirar dinheiro”, diz ela.
Um estilista também foi alvo de golpe, diz a polícia. Ele disse à equipe de investigação que confeccionou roupas para as crianças, mas não foi pago.
O delegado da PCPR Fábio Machado pede que outras vítimas do casal se apresentem à polícia para denunciá-los, antes que os crimes prescrevam.
“O estelionato tem prazo de 6 meses para que a vítima possa representar. Por isso que, em muitos casos, o estelionatário procurar enrolar a vítima depois do golpe, para que ela não vá à delegacia”, afirma