Beltrão

Chargista da Folha do Sudoeste é personagem de livro

O chargista desta Folha do Sudoeste, o EMECÊ (MC), é um dos  personagem do livro “Jamais Serás um Dhimas Draumann”, recém-lançado pelo jornalista Emildo Coutinho. Trata-se de um impasse vivido por ambos profissionais que colaborou para o desfecho da história contada no romance. Na narrativa, ao ouvir uma notícia no rádio de que o ministro da comunicação do Governo Federal deixou seu cargo, em plena crise política de 2015, o jornalista José Renato Ribeiro lembra  de toda sua trajetória de atuação na área, até a exclusão dos jornais que editava da verba publicitária da Prefeitura de Curitiba. O corte dos jornais se deu devido às críticas à administração municipal quanto ao tratamento dados aos taxistas, cujos textos foram ilustrados por EMECÊ (MC).

As publicações eram um jornal do sindicato dos taxistas autônomos de Curitiba e um outro regional, ou de bairro, como são chamados.

Durante mais de um ano, a publicação do sindicato criticou a administração pública de Curitiba perante sua postura em relação aos aplicativos de transporte público de passageiros. Já o outro jornal não criticava, agia como os demais de seu segmento, isto é, publicando o material enviado da assessoria de imprensa da Prefeitura.

“Apenas em uma coluna fiz uma certa crítica ao café que o prefeito faz, todos os anos, para os proprietários de Jornais. Porém na hora do corte foram os dois”, explica Emildo Coutinho. “Só que o peso mesmo para tal ato foram os textos do sindicato, ilustrados pelos desenhos do EMECÊ ” (MC).

O autor conta que editava as charges ilustrando no PhotoShop. “Foram vários desenhos sob encomenda, que vinham ao encontro do problema, sempre bem alinhados com o texto. O corte da verba me fez dedicar mais ao ensino, onde já atuo, e serviu como assunto de minha dissertação de mestrado”, acrescenta Emildo Coutinho. “O EMECÊ  (MC)ficou chateado, me disse que a culpa foi dele. Então respondi que não, são coisas do jornalismo, da política, faz parte do jogo”.

Coutinho diz que o interessante é que o prefeito dizia que os jornais de bairros são o “sustentáculo de sua administração por estar perto do povo e um prefeito tem que ir até onde o povo está”. Assunto que, aliás, teve uma charge de EMECÊ (MC). “Todavia desde que não haja crítica, caso contrário, são cortados”, completa o jornalista.

Jamais serás um Dhimas Draumann está incluído na pesquisa de mestrado que Emildo Coutinho está concluindo junto à UTFPR sobre a perda da ilusão com o jornalismo representada em obras de literatura. O livro pode ser adquirido pelo site da editora www.agbook.com.br ou, ainda, nas livrarias online.