CRONICANDO
(Por Cleusa Piovesan)
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Esquerda ou direita?
“Para quem não sabe aonde vai, qualquer caminho serve”, disse o Gato a Alice. São tantos os caminhos, são tantas as escolhas…
E Mário Sérgio Cortella nos põe em xeque: “você é livre em suas escolhas, mas é prisioneiro das consequências”! A dúvida é: o que fazer?
A boa escolha só é possível se houver entendimento do contexto social em que os eventos ocorrem, mas quando o mundo não é um observatório de experiências e vivências (empíricas e científicas) a Terra volta a ser plana e desalinha a órbita dos planetas. Na filosofia do “deixa a vida me levar, vida leva eu…”, muitas pessoas andam por aí, sem rumo, tornando-se alvo de quem manipula poder e informação, e o caos se instaura com facilidade, se a alienação predomina.
Entre o céu e o inferno não há mais purgatório (decreto do Papa Bento XVI) e a passagem é só de ida. Arrependimentos não mudam o curso da história. Só resta o limbo mental aos que deixam o curso da vida correr como as águas do rio que avançam e arrastam tudo a sua volta, sem controle. O resultado? Depende das intempéries!
Somos seres mutantes e a mudança é o que há de mais permanente em nós. E também é necessária! Quem não muda não evolui, não acompanha o tempo em que vive, e reproduz discursos ultrapassados e vazios. O sábio Heráclito de Éfeso já disse que “nenhum homem pode banhar-se duas vezes no mesmo rio, pois na segunda vez o rio já não é o mesmo, nem tão pouco o homem”! Quem não evolui não contribui e fica à mercê das decisões alheias.
Só nos resta guiarmo-nos pelo bom senso e optarmos por valores que se encaixem em nossas ideologias, para tentar trilharmos o melhor caminho!
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