Psicologia

Drogas: um velho assunto novo

Hoje em dia as drogas são foco de várias conversas informais, reportagens e pesquisas científicas. Cada vez mais se fala em droga, já que seu consumo está crescendo num ritmo acelerado. Novas drogas sintéticas surgem numa medida que é quase impossível se prever ou controlar.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, droga é qualquer substância química, natural ou sintética, que quando introduzida no organismo, modifica uma ou mais de suas funções. São substâncias utilizadas para produzir alterações, mudanças nas sensações, no grau de consciência e no estado emocional. As alterações causadas por essas substâncias variam de acordo com as características da pessoa que as usa, qual droga é utilizada e em que quantidade, o efeito que se espera da droga e as circunstâncias em que é consumida. Portanto há uma grande variedade de drogas, existem drogas lícitas (comercializadas legalmente) e ilícitas.

A dependência é caracterizada quando se instala a necessidade da droga. A necessidade pode se manifestar através do desejo de tomar a droga para sentir seus efeitos ou através da incapacidade de sentir prazer sem o seu uso, o que impõe o uso para alívio da insatisfação. O dependente caracteriza-se por não conseguir controlar o consumo de drogas, agindo de forma impulsiva e repetitiva. Ele faz todo o necessário para poder dar vazão a necessidade instalada no organismo.

A dependência pode ser física e/ou psicológica. Na dependência física existe necessidade do uso da droga para o funcionamento do organismo do dependente. Quando é suspensa a droga (que pode ser álcool, maconha, cocaína, remédios para dormir ou outras), o indivíduo entra em “Crise de Abstinência”, caracterizada principalmente por sintomas como: ansiedade, insônia, tremores, delírios, convulsões, etc., podendo levar até a morte. Na dependência psicológica existe um desejo incontido, que requer o uso da droga para obter prazer, alívio de desconforto ou sensação de bem-estar. Quando a pessoa está tomada pelo desejo de usá-la, perde seus critérios de valores, objetivando o uso da droga como alívio, tornando este sentimento mais forte que qualquer outro.

Existem inúmeros tipos de drogas que causam os mais variados efeitos, é necessário que as pessoas estejam bem informadas a respeito das reações das mesmas no organismo para poder identificar um possível usuário e poder ajudá-lo. A ajuda pode acontecer de várias formas como: conversas, procurar médico da família, orientação psicológica, grupos de apoio a dependentes (A.A.; N.A.).

O trabalho preventivo é destacado como sendo primordial, já que acontece antes do contato com a droga. Neste trabalho, destaca-se o papel da escola, já que é o local onde crianças e adolescentes mais tempo permanecem. A prevenção não depende só da inteligência ou quantidade de informação recebida, mas do crédito dado a essa informação, por isso a escola deve escolher o tipo e qualidade de informação e a pessoa que fará esse trabalho. (Içaim Tiba, 1999).

  • Informações isoladas não adiantam;
  • Ordens do tipo “Diga não às drogas” têm valor limitado, já que se quiser, sempre há uma razão favorável para seu uso.
  • Palestras expositivas tem pouca eficiência;

O trabalho preventivo mais adequado inclui palestras interativas, com participação dos alunos, depoimento de ex-drogados e um papo aberto com alguém que conheça o assunto e trabalhos integrados entre as disciplinas escolares.

“A melhor prevenção é aquela em que o aluno cria seus próprios mecanismos de proteção contra drogas e preservação da saúde.”(Tiba, 1999).

Francieli Franzoni Melati

Francieli Franzoni Melati Psicóloga – CRP 08/9543 Francisco Beltrão - PR