Beltrão

Falta de Semicondutores preocupa empresários no Brasil

Crise dos chips: como a falta de semicondutores afeta a indústria no Brasil

Por  Gabriel Sérvio 

Apesar da crise dos chips, que já atinge gigantes como a Toyota e a Apple, a indústria de eletrônicos no Brasil segue otimista, visto que o ‘Índice de Confiança do Empresário Industrial’ (ICEI) referente ao mês de julho ficou acima dos 50 pontos. A projeção para o segundo semestre, inclusive, é de aumento nas vendas para o setor.

O ICEI atingiu 63 pontos em julho de 2021, o maior patamar deste ano após um período sucessivo de quedas. Das empresas ouvidas no estudo, 73% projetam um aumento de vendas para 2021 (18% estabilidade e 9% queda).

Nas importações de eletroeletrônicos, o crescimento foi de 29%, atingindo a quantia de US$ 22,4 bilhões de janeiro a julho deste ano. Já as exportações cresceram 59% em julho, com isso as vendas acumuladas já somam US$ 3,1 bilhões, 24% acima do mesmo período do ano passado.

Apesar dos resultados positivos da pesquisa realizada pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), a preocupação dos empresários com a falta de semicondutores e a crise hídrica ganhou força no país.

Crise

Expectativa dos empresários é de melhora no suprimento de semicondutores em 2022. Imagem: Mundissima/Shutterstock

A porcentagem de relatos sobre dificuldades de adquirir componentes diminuiu de 73% em maio para 65% em julho. Contudo, o percentual permanece bem acima dos 20% registrados no início de 2020 antes da pandemia.

Os chips e componentes eletrônicos seguem como os materiais mais difíceis de adquirir, com 59% das empresas enfrentando dificuldades na compra de componentes da Ásia.

Ainda sobre a crise dos chips, 63% dos entrevistados relataram normalidade nos estoques de peças, uma redução de 10% de junho para julho, período que as empresas declararam estoques abaixo do esperado.

Por fim, a escassez de semicondutores foi pelo menos citada pela maioria das companhias (84% dos entrevistados) como um fator que contribuiu para o aumento no preço final dos produtos.

Em contrapartida, 44% apostam que a escassez deve acabar em meados de 2022.

Fonte:

Olhar Digital

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