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Governador diz que logística e industrialização vão fortalecer agronegócio

Investimentos nos diferentes modais logísticos para melhorar o escoamento da safra, apoio a cooperativas e produtores rurais para incentivar a agroindustrialização e a vocação do Paraná na produção de alimentos estão entre os pontos destacados pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior nesta quinta-feira (8) durante o evento Superagro, promovido pela revista Exame.

Ratinho Junior participou do painel online “Os Estados de Ouro do Agronegócio do Brasil – A visão e os planos dos governadores para incentivar o setor”, ao lado dos governadores do Mato Grosso, Mauro Mendes; da Bahia, Rui Costa, e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. 

“O Paraná tem uma economia forte, com uma participação muito expressiva do agronegócio no PIB do Estado. O agro é a nossa vocação e principal base econômica. Assim como os países desenvolvidos apostaram em suas vocações econômicas para crescer, o Paraná busca sua transformação a partir da agropecuária”, afirmou o governador.

“O Estado já tem uma agricultura moderna e sustentável, com grande participação das cooperativas agrícolas, desde as micro e pequenas até as grandes agroindústrias. E esse ponto é essencial para o desenvolvimento, transformar os produtos primários em alimentos industrializados, ampliar essa cadeia”, ressaltou.

Um dos assuntos debatidos pelos governadores foi a cobrança internacional para que o Brasil diminua o desmatamento, o que interfere no agronegócio. Ratinho Junior disse que o Brasil tem legislações ambientais rígidas, a exemplo do Código Ambiental, e bons exemplo de agricultura sustentável. No Paraná, destacam-se a conservação de micro e macrobacias, preservação das matas ciliares, o apoio à agricultura orgânica e o programa Paraná Mais Verde, que prevê plantar 10 milhões de mudas nativas até 2022.

“O mundo procura por uma agricultura sustentável, em consonância com o meio ambiente, e nós podemos mostrar os bons exemplos que vêm do Brasil”, disse. “No Paraná, a produção de alimentos, além de sustentável, também é diversificada. O Estado não depende apenas da produção de grãos, mas é também o maior produtor de proteína animal, produz 33% da carne de frango e 37% da tilápia do País, além de soja, feijão, batata, hortigranjeiros e uma infinidade de alimentos”.

LOGÍSTICA –Os esforços do Estado para melhoria da infraestrutura também foram destacados na participação do governador no evento. As iniciativas incluem investimentos nas malhas rodoviária e ferroviária, de portos e aeroportos. Com isso, o Estado aumenta a eficiência e a competitividade e reduz os custos de produção.

“O primeiro passo foi a criação de um banco de projetos executivos para conseguir fazer um planejamento a médio e longo prazo na infraestrutura”, explicou. “Este foi um dos primeiros projetos que implantamos ao assumir o governo e hoje já temos R$ 2,6 bilhões em obras sendo executadas”.

O Paraná passa por um dos principais momentos da sua história na questão da modernização da infraestrutura. Com o vencimento, neste ano, das atuais concessões rodoviárias, o Estado atua junto com o governo federal na elaboração de uma nova modelagem que torne o Paraná mais competitivo.

O novo programa de concessões deve ir a leilão ainda neste ano na Bolsa de Valores (B3) e inclui cerca de 3,3 mil quilômetros de rodovias estaduais e federais, com a duplicação de 1,7 mil quilômetros de estradas nos primeiros sete anos de contratos, investimentos que podem chegar a R$ 42 bilhões.

Outro destaque citado pelo governador foi o projeto de privatização da Ferroeste, para ampliar a estrutura ferroviária paranaense e promover a integração com o Centro-Oeste pela via férrea. A Nova Ferroeste, que também deve ir a leilão na B3 até o fim deste ano, prevê a construção de um traçado de 1.285 quilômetros entre a cidade de Maracaju (MS) e o Porto de Paranaguá, além da ligação entre Foz do Iguaçu e Cascavel, no Oeste do Estado.

Na outra ponta, o Porto de Paranaguá, um dos maiores corredores de exportação do País, também recebe investimentos robustos, com obras de derrocagem e dragagem para aumentar o calado e poder receber navios maiores.

Também há R$ 1,3 bilhão destinado à modernização do Corredor de Exportação e construção de uma nova moega para a descarga de trens. “São investimentos que vão duplicar a capacidade de escoamento do terminal, é como se fosse implantado um novo porto em cima do atual sem aumentar a área construída. Com isso, o Porto de Paranaguá se consolida como o maior terminal de exportação de grãos do País e um dos maiores da América Latina”, afirmou Ratinho Junior.

AEROPORTOS –Ainda dentro da questão logística, o governador citou a concessão de quatro aeroportos paranaenses, que foram leiloados na quarta-feira (7) pelo governo federal. Os aeroportos Afonso Pena, em São José dos Pinhais; das Cataratas, em Foz do Iguaçu; Governador José Richa, em Londrina, e Bacacheri, em Curitiba, serão explorados por um período de 30 anos, recebendo diversas obras de ampliação. Uma delas é a terceira pista do Afonso Pena. “Tudo isso faz com que o Paraná avance como o ramal logístico da América do Sul”, completou Ratinho Junior.


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