Onda de calor que vai atingir 15 estados e o DF não será tão intensa como a de novembro; veja previsão em cada região
O Inmet divulgou alerta de calorão mais abrangente, incluindo 15 estados e o DF, e por um período menor, até o dia 17. Crédito: (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
Por Poliana Casemiro- G1
A nova onda de calor que vai atingir boa parte do país nos próximos dias não será tão intensa como a de novembro, que levou a recordes de temperatura, segundo os meteorologistas
🔥 Uma onda de calor acontece quando a temperatura fica cinco graus acima da média por um período de três a cinco dias.
👉 O Climatempo já havia divulgado uma previsão de calorão em 7 estados e o Distrito Federal de 14 a 20 de dezembro, próximo à chegada do verão, no dia 22 de dezembro.
Pela previsão do Climatempo, o fenômeno irá atingir o Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal, sul do Mato Grosso, norte de São Paulo, grande parte de Minas Gerais, sul do Tocantins e oeste da Bahia.
👉 Nesta terça-feira (12), o Inmet divulgou também um alerta de onda de calor, mas que abrange mais estados (chegando a 15 e o DF) e com duração mais curta: de 14 a 17 de dezembro.
Segundo o instituto, serão afetadas áreas do Tocantins, Rondônia, Maranhão, Piauí, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e os estados inteiros de Mato Grosso do Sul e Goiás, além do Distrito Federal.
Confira o mapa abaixo com a previsão do Inmet.
Onda de calor começa na quinta-feira (14) — Foto: Inmet
A onda de calor não vai ser tão intensa e generalizada quanto a última. Com a proximidade do verão, temos mais umidade, que barra as temperaturas, impedindo que subam mais. Se a gente sobreviveu à última, vamos sobreviver a essa que vai ser menos intensa.
— Fábio Luengo, que é meteorologista da Climatempo
Confira a temperatura por região, segundo o Climatempo:
Entre 40°C e 42°C
- Mato Grosso do Sul;
- Sul e leste do Mato Grosso, incluindo a capital Cuiabá;
- Sul de Goiás;
- Noroeste de Minas Gerais; e
- Oeste da Bahia, na região do Vale do São Francisco.
38°C a 40°C
- Interior do Piauí;
- Maranhão;
- Leste do Tocantins;
- Sul e Leste de Santa Catarina; e
- Interior de São Paulo.
37°C a 39°C
- Norte e Oeste do Paraná;
- Rio de Janeiro; e
- Espírito Santo.
Em Cuiabá, por exemplo, a máxima anterior tinha sido em outubro, quando a cidade chegou a 44,2°C. No interior de São Paulo, algumas cidades registraram máximas acima dos 41°C. Nos dois locais, as máximas devem ser menores.
Por que a onda de calor será menos intensa?
A onda de calor acontece uma semana antes da chegada do verão. E, ao contrário do que se imaginaria, é exatamente por isso que ela será menos quente do que a que vimos em novembro.
- 🔥 Em novembro, estávamos no meio da primavera. Uma das características é que se trata de uma estação seca, com pouca chuva e nuvens. Sem nuvens para impedir a passagem do calor e umidade para dissipar as máximas, as temperaturas ficaram muito altas em um fenômeno de onda de calor.
- 🔥 Agora, nos aproximamos do verão. Com isso, temos mais umidade, mais nuvens, o que faz com que o calor não seja tão intenso como o que vimos antes.
Geralmente, os picos de temperaturas mais altas do ano ocorrem nas estações secas. Agora, começa a estação chuvosa. Então, é menos provável que ocorram temperaturas tão altas.
— Estael Sias, meteorologista do Inmet
Então, a onda de calor não vai deixar o verão mais quente?
Os especialistas explicam que uma coisa não tem relação com a outra, mas que o verão vai ser mais quente que o normal.
A onda de calor acontece quando temos uma alta de até 5°C na temperatura média do período por vários dias. Só que esse é um fenômeno isolado, que não interfere na temperatura da estação.
O que vamos ter esse ano é uma influência do El Niño forte sobre o verão. Isso não acontece há três anos, quando passamos a estação com La Niña, que suaviza as temperaturas extremas.
“Já esquecemos o que é um verão sob El Niño forte. Então, podemos esperar um verão com máximas intensas. Em média, 3°C acima da média em boa parte do país”, explica Luengo.