Os dados são o novo petróleo.
“Os dados são o novo petróleo. A diferença é que o petróleo vai acabar um dia. Os dados, não.” Bem que eu queria que essa frase fosse minha. Mas, na verdade, é de um indiano chamado Ajay Banga – CEO da MasterCard.
Quando se fala em dados, principalmente se tratando de comunicação digital – que é a grande sacada do momento – se referimos pura e simplesmente à informações sobre pessoas, sempre infinitas e renováveis. As preferências, as opiniões, as tendências, as demandas, os medos e as esperanças. O estilo, o time de futebol, o bairro que mora, os lugares que frequenta. Tudo, tudo, tudo. Isso, hoje, vale mais do que petróleo. O indiano percebeu isso. Mas não somente ele.
Hoje em dia, em toda e qualquer área de atuação, ter consigo informações sobre o público está se tornando algo extremamente precioso. E, em alguns casos, pode ser um pouco problemático também – afinal, já vimos vários casos de “roubo” de dados que foram parar na justiça.
Mas, desde que se tenha ética e responsabilidade, o que realmente importa é que ter dados nas mãos é saber exatamente o que falar, para quem falar e quando falar. E também, do mesmo modo, o que não falar, para quem não falar e quando ficar quieto é a melhor opção. Tudo isso, de uma forma legal (obviamente), pode ser feito através da coleta de “leads” – que nada mais é do que uma espécie de cadastro de perfis com informações obtidas através de trocas de mensagens por aplicativo ou de e-mail, por exemplo – ou, ainda mais, com um monitoramento frequente de redes sociais.
Hoje em dia existem plataformas que realizam exclusivamente um trabalho de acompanhamento de tudo que acontece no Facebook, Instagram, Twitter ou outras redes. A partir de algumas palavras-chave é possível rastrear o que as pessoas estão falando em tempo real, naquele exato momento e com qual frequência – tudo organizado em tabelas e gráficos – e, a partir disso, definir qual atitude tomar e como fazê-la. Isso sim é estratégia consciente e eficiente, deixando de lado o achismo, a intuição incerta e diminuindo – e muito – o risco de erros irreparáveis (e eles existem aos montes nesse universo).
Partindo desse tipo de estratégia é possível se iniciar um ciclo de trabalho composto por monitoramento, definição de estratégia, posicionamento, execução e avaliação dos resultados para, após isso, reiniciar o ciclo sabendo o que deu certo, o que deu errado e quais devem ser os próximos passos. Esse é, sem dúvida nenhuma, um mecanismo essencial para poder se detectar crises e prever oportunidades.
Investir na obtenção e análise de dados (que são infinitos, vale lembrar mais uma vez) é, hoje, uma atitude nobre de quem preza por um trabalho pensado estrategicamente e que terá, sem dúvida nenhuma, resultados muito mais eficientes, acertando direto no alvo e sem tiro no escuro. Fica a dica!
Otávio Sedor – Publicitário, pós-graduado em Comunicação Públicxa e especialista em Marketing Político – otaviosedor@hotmail.com