Pandemia pode ser oportunidade para entender momentos imprevistos
Assessoria/ Acefb – O professor universitário André Luiz Comunelo, mestre em Contabilidade e integrante do Núcleo de Empresários Contábeis (Necont), explanou sobre o tema “Economia Dez, desperdício Zero, como gerenciar os gastos da minha empresa”. Foi no Café Acefb Tech, dia 18, na Associação Empresarial de Francisco Beltrão (Acefb). O conteúdo do encontro pode ser acessado na íntegra no Facebook da Acefb e no canal da Ação TV no YouTube.
“Nós precisamos entender que o resultado de uma empresa basicamente é formado por dois fatores: as vendas e os gastos. Nesse período de pandemia precisamos conhecer ainda mais as nossas organizações para aumentar a nossa produtividade”, disse André. Segundo ele, num estudo feito pelo Sebrae, 7% das empresas fecham no Brasil por falta de lucro. “E 20% fecham por falta de giro de capital, de dinheiro para investir em seu negócio, e quase 50% das empresas fecham porque elas não sabem qual é o seu lucro ou o seu prejuízo”. “Precisamos desmistificar que receita não é lucro. Não adianta a empresa vender, não quer dizer que ela vai estar ganhando mais, talvez vai estar só agradando os clientes e o dinheiro em caixa não vai estar aumentando. Digo que é preciso conhecer a realidade do negócio. E quando se fala em reduzir gastos, muitos empresários acordam pensando em cortar isso ou aquilo na empresa, vou mandar esse ou aquele funcionário embora, e ele não se prepara para o que pode acontecer. A solução que ele pensa ser a correta pode ser pior do que aquela do cenário em que ele está vivenciando”, analisa.
“Hoje, uma empresa, independente do setor, ela deve estar preparada para a conectividade e praticidade, que é a nova realidade do mercado e do consumidor. Tem ainda a questão do associativismo, de o empresário ser mais comunitário, de promover mais ações entre as pessoas, é um fator importante no mundo dos negócios. E mais do que nunca cuidados maiores com a saúde são fatores que os consumidores vão levar mais em consideração nessa nova realidade.”
Durante a conversa, conduzida pelo jornalista Adolfo Pegoraro, André destaca: “percebemos em nossa cidade e região que muitas empresas, principalmente as pequenas, passaram a oferecer facilidades aos clientes. Se reestruturaram e começaram a entregar um produto melhor, porque entenderam qual era o negócio delas. Temos que ter em mente que muitos negócios irão perder valor, porém, no momento que vivemos, muitos irão agregar valor”.
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Demitir o funcionário pode não ser a saída mais adequada
“É preciso analisar antes de demitir um funcionário. Quando o empresário demite um funcionário, existe todo um custo associado a essa demissão como FGTS, aviso prévio, férias, 13º antecipado… Quem sabe esse funcionário demitido custe, por exemplo, R$ 2 mil, mas eu vou ter que pagar R$ 8 mil numa rescisão trabalhista. Se o empresário conhece a realidade da empresa dele, vai saber que o problema não é o funcionário, mas talvez seja o fornecedor de mercadorias, de insumos, que tem um custo de transporte muito alto, ou os juros bancários que estou pagando, e até mesmo a própria energia elétrica. E será que ele vai conseguir um funcionário capacitado como ele tinha? No curto e médio prazo pode ser mais caro do que manter o funcionário na empresa. É um ponto a ser analisado com muito cuidado”, diz André.
Legenda – André recebe de Tarsizio, da Acefb, certificado pela participação.