Produtores de mel do Sudoeste buscam indicação geográfica
A presidente da Associação dos Apicultores de Capanema e Região (Apic), Salete Machini. Foto: Carina Pelegrini.
Da assessoria
O mel de Capanema é reconhecido pela sua qualidade e sabor. A região, rica em biodiversidade, contribui para a produção de um mel de coloração, sabor e textura únicos graças ao fato de ser originado do pólen coletado pelas abelhas na Mata Atlântica, localizada no Parque Nacional do Iguaçu, na fronteira entre o Brasil e a Argentina.
Agora, os produtores da região buscam um novo reconhecimento oficial. Isso porque depositaram no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) o pedido de Indicação Geográfica (IG) para o “Mel de Capanema”.
O protocolo solicita o reconhecimento da IG na modalidade Denominação de Origem (DO) — distinção concedida a produtos cuja qualidade ou características se devem exclusivamente ao meio geográfico, incluindo fatores naturais e humanos.

Consultora do Sebrae/PR, Alyne Chicocki, avalia que a IG vem para fortalecer o produto e reconhecer o trabalho realizado pelos apicultores. “O mel passará a ter ainda mais visibilidade, implicando em maior ganho para os produtores e valor agregado ao produto. Com isso, surgem novas oportunidades e crescimento”, afirma Alyne.
A partir da conquista da DO, a presidente da Associação dos Apicultores de Capanema e Região (Apic), Salete Manchini, acredita que a Indicação trará outros benefícios para a cidade e região.
“Abrirá portas para novos mercados, contribuindo para fomentar outros setores, como por exemplo, o turismo. Acreditamos também que o reconhecimento pode incentivar novos produtores a ingressarem na atividade”, avalia Salete.
Atualmente, meliponicultores dos municípios de Capanema, Planalto, Realeza e Foz do Iguaçu integram a Apic, mas a expectativa, segundo Salete, é que mais produtores integrem e fortaleçam a instituição a partir da obtenção da IG. Vale lembrar que o município já possui uma IG: o melado batido e escorrido, reconhecido em 2019.
