RAINHA ELIZABETH II DEIXA EXEMPLO DE ESTADISTA
A rainha Elizabeth II faleceu no dia 8 de setembro de 2022, deixando não apenas os britânicos, os cidadãos do Reino Unido (a Commonwealth – Comunidade Britânica de Nações), como do mundo todo, com um sentimento de tristeza, pela perda de uma das lideranças políticas internacionais mais queridas, tendo ocupado o trono britânico por sete décadas, acompanhado o trabalho de 16 primeiros-ministros na Grã-Bretanha (de Winston Churchill a Liz Truss). Inclusive um dos últimos atos oficiais da rainha Elizabeth II foi nomear a atual primeira-ministra Liz Truss, e o último ato oficial foi ter dirigido uma mensagem ao Brasil pelas comemorações do bicentenário da Independência. Durante todo o seu longevo reinado, a rainha Elizabeth II fez questão de ir pessoalmente ao funeral de dois primeiros-ministros: Winston Churchill e Margareth Thatcher. Chegou aos 96 anos de idade, trabalhando, apesar de ultimamente ter reduzido suas atividades, por razões médicas, mas faleceu de mortes naturais, tendo cumprido bem o seu dever como chefe de Estado de uma das maiores potências do mundo.
Ela foi um exemplo de estadista. Assumiu o reinado em 1952 e foi coroada no ano seguinte. A maioria dos britânicos não conheceram outra chefe de Estado que não fosse a rainha Elizabeth II. E o mais importante: ela consolidou nos 70 anos como monarca uma referência de respeito e admiração dos britânicos, pela sua postura cordata, equilíbrio, prudência, exercendo a sua função como uma referência para o mundo. Atravessou uma época de profundas transformações, após a Segunda Guerra Mundial, a Guerra-Fria, a queda do muro de Berlim, o fim da União Soviética, as guerras do Golfo, do Iraque, das Malvinas, dentre tantas, a globalização econômica, com a internet, a pandemia, etc. Em todos os momentos, a sua presença era sempre de serenidade, de sensatez, de ponderação, e tudo isso numa época de corrosão moral, principalmente na vida pública. Ela foi símbolo de estabilidade, num tempo de grandes vulnerabilidades, em todos os campos da vida social. Graças a forma como conduziu no trono britânico, assegurou também a permanência da Monarquia, uma instituição muito valorizada pelos cidadãos britânicos, apesar de haver questionamentos por parte da população, mas a maioria aprova a Monarquia.
Que o exemplo de estadista da rainha Elizabeth seja seguido por muitos outros governantes do mundo, seja em regimes monárquicos ou republicanos, porque é isso que os jovens precisam se espelhar: em pessoas que ocupam postos com responsabilidade, senso do dever, e que não ajam com voluntarismos.
São exemplos assim que fortalecem as instituições e dão motivação para que cada um, no exercício de suas atividades, a começar em família, na escola, no trabalho, na empresa, nas instituições públicas e que cada um procure fazer o melhor, para deixar um legado positivo, como deixou a rainha Elizabeth II.