Ratinho Junior diz que uso de câmeras por PMs dependerá de testes que serão iniciados com polícia rodoviária
Em 2022, na campanha eleitoral, governador prometeu que itens seriam instalados em fardas de policiais militares. Ratinho não deu data para que policiais rodoviários comecem a utilizar os equipamentos.
Por g1 PR e RPC
O governador Ratinho Junior (PSD) afirmou que a utilização de câmeras em fardas de policiais militares do Paraná dependerá da “eficiência” dos equipamentos a partir do uso por policiais rodoviários estaduais.
A declaração foi feita por ele em entrevista exclusiva à RPC, no último dia 20. Em 2022, durante a campanha eleitoral, Ratinho prometeu que em 2023 instalaria câmeras nas fardas de PMs.
“Se der um bom resultado, se tiver eficiência, sim. Se não tiver eficiência, não. Tudo depende da eficiência. Se for bom para a segurança pública, se for bom para o cidadão de bem, sim. Se não, não”.
De acordo com o governador, o Paraná tem R$ 20 milhões no orçamento para comprar as câmeras. Ratinho não deu prazo para os equipamentos serem adquiridos, nem data para que comecem a funcionar.
Continua depois da publicidade
De acordo com o governador, a escolha da PRE para a fase inicial ocorreu “porque a polícia rodoviária, infelizmente, é onde a gente tem mais casos de corrupção”, destacando que são alguns “poucos policiais que acabam atrapalhando o bom trabalho de bons policiais”.
“A prioridade neste momento é fazer a compra dos equipamentos pra tentar atender a Polícia Rodoviária Militar, que foi aquele compromisso que a gente falou até antes da campanha, pra gente fazer um diagnóstico. O que isso de fato ajuda o policial, o que de fato ajuda o cidadão, e como é o trabalho desse policial no dia a dia com essa câmera 24h”, afirmou o governador.
Em 2022, instituições do Sistema de Justiça e da Universidade Federal do Paraná (UFPR) entregaram um documento ao governador, no fim do primeiro mandato, solicitando a instalação de câmeras nas fardas de PMs.
Na ocasião, o grupo técnico avaliou que o uso das câmeras “tem sido correlacionado à existência de maior transparência, legitimidade, validade probatória e, no que aqui importa, diminuição da intensidade do nível de uso da força”.
Mini reforma administrativa e busca para aumentar exportações
À RPC, o governador também falou sobre a mini reforma administrativa no Governo do Estado, que tramita na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).
Uma das mudanças propostas é que secretários de estado que são funcionários de carreira possam manter o salário do cargo efetivo, mais 70% do cargo de secretário. Segundo o governador, a medida é um “incentivo”.
A proposta, somada a outras iniciativas que integram a mini reforma, terão impacto de R$ 80 milhões por ano aos cofres públicos.
“Hoje você conseguir trazer quem é de carreira para ser secretário de estado não é algo simples. Porque o secretário de estado coloca o seu CPF. Tem uma responsabilidade de colocar o seu CPF à disposição do Ministério Público, do Tribunal de Contas… Ele fica responsável, mesmo depois que ele sai de cargo, por muitos anos, de tudo aquilo que ele assinou. Então é um cargo de chefia de muita responsabilidade”.
Ratinho Junior também falou sobre a viagem oficial que fez para a Ásia e visitas que realizou, no início de março, no Japão e Coreia do Sul.
De acordo com o governador, a viagem teve como um dos objetivos trazer benefícios para a agricultura e economia, buscando a abertura de mercado de exportação de carne suína para o Japão e Coreia do Sul.
“O mercado asiático como um todo é um mercado bilionário. Então isso traz muito dinheiro para os agricultores do estado do Paraná e automaticamente gera muito emprego nos nossos frigoríficos. Então nós vamos abrir esse mercado. O Paraná não podia vender carne suína para o Japão porque a gente não era área livre de febre aftosa sem vacinação. Depois de 60 anos, nós conseguimos fazer com que o Paraná ganhasse esse grau sanitário que é de qualidade de produção de carne”, disse o governador.
Polícia Militar do Paraná — Foto: Geraldo Bubniak/AEN