Reflexão
O Senhor abençoou o homem, o trabalho e o repouso
“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (João 14.27).
Com bênçãos Deus coroou os atos da criação. Primeiro ele abençoou o homem e o seu trabalho. Depois abençoou o sétimo dia. Homem, trabalho e dia foram abençoados. O homem o foi para poder empreender tudo o que o Criador lhe determinou que fizesse. O sétimo dia foi abençoado e santificado (separado) para ser ocasião de descanso. Abençoando-os, Deus relacionou-se intimamente com o homem, com o trabalho e com o necessário descanso, realidades que Ele próprio idealizou. O Deus previdente abençoou o descanso, pois pensava no homem desobediente, que, separado dEle, não saberia associar o trabalho com o descanso, nem daria atenção aos limites que devem reger tanto um como o outro.

A fonte do descanso não está simplesmente, em um dia. Ele se encontra no Senhor que fez o tempo e quer ver o homem, coroa da criação, operante, e ao mesmo tempo, descansado. Deus não o criou para a esgotante fadiga. Não dando atenção ao necessário descanso em Deus, o homem torna-se cansado, oprimido, ansioso e desanimado. Jesus percebeu isso vendo as situações estafantes em que as pessoas viviam. Então, falou-lhes: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei” (Mateus 11.28). E, para que seus discípulos não continuassem afadigados com o trabalho de cada dia – “porque eles não tinham tempo nem para comer, visto serem numerosos os que iam e vinham”, convidou-os: “Vinde repousar um pouco, à parte, num lugar deserto” (Marcos 6.31).
Não andeis ansiosos
O conselho apostólico é: “Não andeis ansiosos por coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus” (Filipenses 4.6,7). O Apóstolo mostra que não é preciso chegar à ansiedade. Há uma alternativa para ela – a oração. O resultado maior de estarmos na presença de Deus em oração, além da resposta que teremos ao que lhe pedimos, é que seremos inundados com a “paz de Deus”. Paz da qual Jesus disse: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (João 14.27). Alegremo-nos, porque a paz que provém de Deus, a qual Jesus nos dá, é uma das expressões do fruto do Espírito Santo, dAquele que reside em nosso coração.
Jesus faz uma pergunta: “Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes?” (Mateus 6.25). Depois, pediu que observassem as aves do céu e considerassem os lírios do campo, e vissem que neles não há nenhuma ansiedade, opressão, estafa ou distúrbios emocionais, pois descansam no Deus que os alimenta e os veste. E nós, por que nos inquietamos? Por que imitamos os gentios em suas situações de angústia, temores e preocupações se somos filhos “dAquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, conforme o poder que opera em nós?” (Efésios 3.20).
Descansar em Deus
O Senhor que abençoou o homem, o trabalho e o repouso é fiel. Confiemos na palavra que Deus falou através do profeta: “E será que, antes que clamem, eu responderei; estando eles ainda falando, eu os ouvirei” (Isaías 65.24). Que nossa fé repouse em Deus que quer ver-nos operosos e descansados nEle. Tenham um dia abençoado no Senhor!
Pastor Fernando Alberto Araújo- Comunidade Batista Betel