Cultura

Roniedson Rebelatto faz o show acontecer

Por July Ioris
Roniedson Rebelatto nasceu no dia 25 de março de 1968 em Salgado Filho. Filho de Itacir e Norma Rebelatto, é casado com Dotsy Myrna Santi Rebelatto, com que teve os filhos Giovani (em memória) e Etchevery. Roni é empresário, administrador da Sonata Escola de Música, em Francisco Beltrão, e presidente da Cooperativa de Arte e Cultura do Sudoeste do Paraná (Coperarte).

Desde 1984 Roni tocava violão e cantava, era mais um hobby, mas ele sempre gostou muito de música. Morava em Salgado Filho com a família e cursou técnico em Agropecuária. Logo depois assumiu a administração de uma indústria de confecções da família Rebelatto em Francisco Beltrão. Quando se casou com Dotsy teve mais contato com a música e acabou deixando de lado a atividade da indústria e assumiu a administração da Escola de Música Sonata.

Por algum tempo deu aulas de música, Roni tocava bateria, viola caipira e contrabaixo sinfônico, além de violão. Mas as atividades administrativas acabaram tomando o tempo dele e não tinha mais como conciliar com os instrumentos.


Dedicação “aos bastidores”
“Eu precisei deixar de tocar e me dedicar aos bastidores, pois além da escola aos poucos fui ajudando minha esposa e meus filhos que se dedicavam integralmente à música. Sempre tive muita facilidade de me adaptar há outras funções e passei a adquirir conhecimento para dar o suporte que eles precisavam. Me casei com uma pianista e passei a aprender cada vez mais sobre arte. Se minha esposa tivesse outra profissão eu teria me dedicado a outra área. Desde que a Dotsy entrou em minha vida trouxe a arte ao meu dia a dia e eu passei a apreciar cada vez mais especialmente este mundo fascinante da música”, ressalta o presidente da Coperarte.


Trabalhos se completam
Roni acompanhava o filho Etcheverry em seus cursos, festivais e apresentações e cuidava de toda a parte administrativa da escola e dos eventos, enquanto Dotsy cuidava da parte artística. O trabalho dele complementava o da esposa e do filho, sempre dando o suporte necessário para que suas carreiras pudessem seguir. “A maioria das pessoas não sabe como funciona para realizar um show, um festival, um concerto, eu também não fazia ideia, porém fui aprender e me aperfeiçoar, buscar conhecimento. Aos poucos fui entendendo o funcionamento para ajudar tanto a Dotsy quanto o Etcheverry. E tudo fluiu e aconteceu ao mesmo tempo, as coisas iam se encaixando e enquanto eles se preocupavam com a parte artística eu ia me dedicando aos projetos e administrando suas carreiras”, conta.


Grandes nomes

Ele conhecia muito de música e aos poucos foi abrangendo as demais artes. Quando surgiu a cooperativa, Roni passou a ter contato com diversas áreas artísticas e unidos puderam trabalhar para melhorar a cultura de Francisco Beltrão e região. Pôde observar apresentações em diversas viagens no Brasil e também no exterior, acompanhando o filho Ercheverry. 

Roniedson conheceu grandes nomes da música mundial e trouxe para o Brasil nomes como: Carlo Colombara, um dos mais reconhecidos cantores líricos da atualidade, que veio duas vezes para Francisco Beltrão, outro nome importante foi o de Nicoletta Olivieri, que fez acompanhamento para cantores como Luciano Pavarotti. Roni possibilitou a vinda do Quarteto de Cordas, do Conservatório de Viena, músicos de toda América Latina e profissionais renomados do Brasil, como os cantores Lício Bruno e Fernando de Carli, entre grandes artistas que passaram a fazer parte da história de vida de Roniedson.


Sempre aprendendo

O presidente da Cooperativa de Arte ressalta que cada artista tem suas especificidades, “aprendo com cada um deles, antes eu via a arte muito segmentada, conhecendo a ópera pude abrir minha visão para as demais artes. Trabalhando na Cooperarte eu pude auxiliar muitos artistas, pois a maioria não conhecia os meios legais para buscar recursos para seus projetos, existem muitos incentivos, enquanto os artistas cuidam de sua arte eu ajudo nesta parte. Para realizar um evento é preciso envolver profissionais de diversas áreas e com o conhecimento que adquiri foi possível dar suporte na realização de vários projetos”.


Duas vertentes
Roni diz que a arte em sua vida tem duas vertentes, uma é onde ele aprecia, se encanta, e a outra é o trabalho que ele realiza. “Meu trabalho me deixa feliz, me realizo com o que posso proporcionar aos artistas e mais ainda vendo o produto final deste trabalho. Sei da importância do trabalho de cada profissional envolvido em cada evento, seja ele do tamanho e proporção que for, cada um é peça fundamental para que o show possa acontecer”, finaliza Roniedson.