Saúde Digital acende “luz amarela” na classe médica vinculada à AMP
Da assessoria/AMP – Médicos de várias cidades do Paraná participaram de reunião on-line, na noite de quinta-feira, 4 de novembro, para debater o tema “Saúde Digital – Telemedicina”. A organização foi da Associação Médica do Paraná (AMP), sede em Curitiba.
Aliás, com a pandemia, o assunto ficou mais evidente na mídia nacional. Contudo, um fato vem deixando a classe médica em estado de alerta. Quem explica é o médico ortopedista e traumatologista Gustavo Vicenzi, presidente da AMP – regional de Francisco Beltrão. Abriu a reunião o Doutor Nerlan Tadeu Gonçalves de Carvalho, presidente da AMP Paraná.
Conforme a Agência Brasil de notícias, telemedicina é o exercício da medicina por meio da utilização de metodologias interativas de comunicação audiovisual e de dados – como, por exemplo, vídeo ligações de aplicativos como whatsapp e skype – com o objetivo de assistência, educação e pesquisa em saúde.
“Tivemos discussões sobre telemedicina, teleconsulta e ferramentas que estão ao nosso lado e que merecem atenção. Nosso futuro é incerto e não podemos fechar os olhos para essa revolução tecnológica”, disse.
Doutor Gustavo reforça que “faz parte da nossa rotina de atendimento com os pacientes [a tecnologia]. Por isso essa reunião foi muito importante e trouxe vários questionamentos com relação a essas tecnologias”.
Uma normativa do Conselho Federal de Medicina, publicada em outubro deste ano, alerta para uma grande preocupação com relação a grandes grupos que podem atuar na telemedicina, disponibilizando consultas com valores abaixo do mercado e explorando uma mão de obra que está cada vez maior em vários centros do Brasil. “Nossa preocupação é para que a classe médica tenha total segurança para trabalhar com essas ferramentas digitais e que não haja influência negativa em nossa atuação como médicos”, resume doutor Gustavo.
Também debateram sobre o assunto o médico Marcos Sanfelice e demais membros da diretoria executiva da AMP Paraná.
Prós e contras da telemedicina
Prós: otimização do tempo sem a necessidade do deslocamento do paciente; vantagens para idosos e acamados; não exposição a agentes infecciosos; acompanhamento de doenças crônicas; acesso a especialistas em áreas remotas.
Contras: restrições tecnológicas; não aplicável à primeira consulta; distanciamento humano; terceirização para assistentes; novos parâmetros de remuneração; novo modelo mental do médico e do paciente; licenciamento da ferramenta na localidade do paciente.
Legenda: Reprodução da reunião on-line de quinta.