SEMÂNTICA DIACRÔNICA
(Por Claudemir M Moreira)
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As palavras, a mim, simplesmente vêm.
Dificilmente desenvolvo por sugestão.
Nem ideias, nem frases,
Ou qualquer faísca de sobrevida.
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A vida me leva,
E há uma leva de coisas que passa,
E multidões invisíveis,
E mundo que não me interessa.
.
As palavras são físicas,
E simplesmente invadem,
Tomam corpo…
E, em meu corpo,
Formam frases.
.
Há um eu dentro de mim,
Que me invade…
Que controla meus sentidos,
E que, de alguma forma,
Forma-se, organiza-se,
E dá sentido
A minha vida.
.
Há um eu que tenta,
Nesse mundo insano,
Ouvir o mundo…
E aceitar!
,
E há um eu que nega,
Que subverte,
E que verte, em seu tempo,
O sentido mais óbvio,
A razão mais gritante,
A lógica mais pertinente…
.
Há um eu que vê
E há um eu que enxerga…
Tão mais profundo,
Tão mais além,
Que alguém poderia dizer
Que eu não enxergo
Mais nada…
.