Saúde

SIM À VIDA, NÃO AO ABORTO

O aborto é a frustração da sublime missão criadora das mães, legada por Deus

No último dia 30 de maio, a Câmara dos Deputados realizou mais uma audiência pública para debater a questão do aborto, pois o Supremo Tribunal Federal está para deliberar sobre a SDPF 442, que prevê descriminalizar o aborto até a 12ª semana. O tema suscita polêmica, pois o que se quer é aceitar a matança de bebês no ventre das mães, até a 12ª semana. Mas infelizmente muitos defendem o aborto até o 9º mês, como acontece em vários países do mundo.

O que vemos é a escalada cada vez mais intensa da chamada “cultura da morte”, banalizando o sentido da vida, da solidariedade e do respeito pela vida. Quantos gênios, santos e profetas foram abortados! O craque Cristiano Ronaldo não estaria encantando o mundo nos campos de futebol se sua mãe tivesse atingido o objetivo do aborto a que se propôs segundo suas próprias palavras. Quem de nós gostaria que nossa mãe nos tivesse assassinado pela arma hedionda do aborto?

Vemos também crescer nos meios de comunicação uma extensão da mentalidade relativista, que faz com que muitas pessoas acabem aceitando o aborto como algo natural, perdendo cada vez mais a sensibilidade de que se trata de um ser humano em formação, cujo aborto é um assassinato de uma vida humana.

Para Eduardo Luiz Santos Zabette, em seu artigo: “Aborto até o terceiro mês de gestação: crítica ao posicionamento do STF”, destaca que “quando se apresenta a questão da presença ou não de uma vida humana tutelável desde a concepção para em seguida afirmar-se que na dúvida deve-se optar pela vida” (“in dúbio pro vita”), é preciso analisar criticamente tal tomada de posição, a fim de não permitir que seja desarticulada pela demonstração de que, longe de assimilar a dúvida e fazer dela um forte argumento de precaução quanto a uma possível lesão, trata-se de um descaminho do pensamento que o faz retornar ao ponto de partida, qual seja a alegação inicial da presença da vida humana no concepto, o que produz apenas um andar em círculos entre os pensamentos antagônicos de que inicialmente se partia”.

Não podemos ser vítimas da mentalidade relativista, da judicialização da questão do aborto, e da banalização do sentido e do valor da vida.

O aborto é assassinato de uma vida humana inocente, é, portanto, um crime hediondo. A vida é um dom de Deus, é o que temos de melhor e deve ser defendida em todas as suas fases, especialmente quando a criança está sendo gestada. Por isso, esperamos que prevaleça o sim à vida, nas deliberações dos que tomam decisões em nosso País.

Valmor Bolan

Valmor Bolan é Doutor em Sociologia. Professor da Unisa. Ex-reitor e Dirigente (hoje membro honorário) do Conselho de Reitores das  Universidades Brasileiras. Pós-graduado (em Gestão Universitária pela OUI-Organização Universitária Interamericana) com sede em Montreal-Canadá.