Tem espaço para todo mundo
Desde aqueles “protestos” das grandes empresas que retiraram seus anúncios das poderosas redes sociais (que hoje em dia, além disso, são na verdade grandes grupos de mídia), muito bafafá rolou por aí – inclusive com campanhas que estimulavam outras marcas a tomar o mesmo rumo, sair do meio digital e transferir suas verbas para os meios tradicionais. Calma, uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Até porque, hoje em dia, em muitos casos tudo é uma coisa só. Quer entender?
Algum tempo atrás, participei de uma mesa redonda transmitida ao vivo na ACEFB juntamente com outros amigos da comunicação. O principal objetivo era orientar e sanar dúvidas dos associados e também das demais pessoas que estavam acompanhando. E foi justamente lá que um questionamento apareceu bastante, de várias formas diferentes: quando se fala em mídia, veículos, plataformas… investir aonde? A resposta não poderia ser outra a não ser o bom e velho “depende”. E depende mesmo… das várias variáveis que envolvem tudo isso. Os caminhos e as escolhas nunca serão únicas. Nada de oito ou oitenta.
Minha visão particular é que nenhum meio de comunicação sozinho é capaz de trazer, por si só, todo o efeito desejado. Cada um tem a sua função, o seu tamanho, o seu espaço. E eles se completam! O rádio reforça, o jornal consolida, as mídias digitais dinamizam. Para se concretizar uma venda ou um trabalho de convencimento, existem etapas a serem cumpridas. E nessa onda, tudo começa no filminho que se viu no Facebook ou naquele baita anúncio de página inteira no jornal, depois se reforça no spot de 30 segundos ou no testemunhal da rádio ou TV e finaliza no atendimento via WhatsApp. Todo mundo participa, todas as etapas são cumpridas e todos saem ganhando e fazendo seus papeis.
As mídias digitais ainda cumprem uma função de inclusão e voz, tanto para pessoas quanto para marcas e empresas – principalmente aquelas bem pequenas. Tudo isso, claro, tem seus prós e contras. Mas, de qualquer forma, é nesse tipo de plataforma que se torna possível realizar um trabalho de disseminação de mensagens e ideias sem valor mínimo, de um jeito que cabe no bolso até daqueles microempresários que estão começando a batalha e, muitas vezes, não teria mais do que 20, 30 ou 40 reais para investir em propaganda no momento.
Além disso, a grande maioria dos veículos tradicionais hoje também está presente no meio digital – inclusive oferecendo produtos de mídia para anunciar em sites, páginas, aplicativos e plataformas de vídeo. Ou seja… tem espaço para todo mundo. E todo mundo deve aproveitar bem todos os espaços. É como dizem: é só organizar direitinho.