O papel do Psicólogo no processo de adoção
“Adoção é restituir à criança de quem sua família biológica abdicou o direito postulado quase que universalmente à vivência numa família que seja amada, reconhecida, educada e protegida. É indiscutivelmente uma solução que, em nossa sociedade corresponde aos anseios de todos que, por isso mesmo, ofereceria `criança as melhores condições de segurança e apoio necessário ´para seu desenvolvimento. ” (Marin, 1988. Em Franco, 2007).
A adoção é uma das formas de parentalidade não biológica regulamentadas pelo Estado. Se você pretende adotar procure a Vara de Infância e Juventude do seu município e saiba quais documentos deve começar a juntar.
A psicologia jurídica, é uma vertente de estudo da psicologia, consistente na aplicação dos conhecimentos psicológicos aos assuntos relacionados ao Direito, inclusive nos casos de destituição do poder familiar e adoção.
Psicologia Jurídica é o campo da psicologia que agrega os profissionais que se dedicam à interação entre a psicologia e o direito. A principal função dos psicólogos no âmbito da justiça é auxiliar em questões relativas à saúde mental dos envolvidos em um processo.
O psicólogo da Vara da Infância avalia e emite em cada processo um parecer favorável ou desfavorável sobre a habilitação ou processo de adoção daquela pessoa ou casal e para isso se respalda em teorias científicas psicológicas.
O psicólogo é de extrema importância, até porque ele vai nortear o juiz e os promotores sobre a realidade emocional dos futuros pais, suas reais intenções com a adoção e o preparo desses em desenvolverem a complicada tarefa de educar. O juiz baseará sua sentença em cima dos laudos da equipe multidiciplinar, na qual o psicólogo está inserido.
Além disso, é comumente o psicólogo que acompanha a fase inicial de aproximação para adoção e o estágio de convivência entre adotantes e adotados, auxiliando na superação das mais diversas intercorrências naturais deste processo. O psicólogo é um profissional muito importante no processo de adoção. Ter filhos é uma tarefa das mais desafioadoras e na adoção isso segue sendo verdade e o suporte de pessoas habilitadas vem a contribuir.
Um projeto de adoção revela, além do desejo explicitado de ter um filho, necessidades específicas de cada sujeito, reflexos de suas histórias psíquicas, que repercutirão na relação a ser estabelecida com a criança. Cada caso demanda um tempo e um manejo específicos, nem sempre atualmente possíveis no trabalho institucional dos abrigos.
Além do psicólogo, verifica-se que há grande valia na proximidade de famílias que estão em fase de habilitação com aquelas que já concluíram processo de adoção; a troca de experiência em muito contribui para facilitar todo o processo. Em Francisco Beltrão contamos com Grupo de Apoio à Adoção, que atua em diversos âmbitos auxiliando a comunidade na compreensão da adoção.
Grupo Apoio a Adoção -Em Francisco Beltrão existe desde 2014 um Grupo de Apoio que se reúne no último sábado de cada mês no CRAS Centro – fone contato: 46 98805-3252, na região já existem Grupos em Chopinzinho, Pato Branco e Capanema).
No dia 25 de maio é comemorado o dia da adoção, criado em 1996 no I Encontro Nacional de Associações e Grupos de Apoio à Adoção.Esta data visa promover debates sobre um dos princípios mais importantes do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA): o direito da convivência familiar e comunitária com dignidade.
Fontes:
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-494X2013000100005
http://psicologiaeadocao.blogspot.com.br/2011/11/papel-e-importancia-do-psicologo-no.html