Nutrição

A dieta ou algum alimento pode prevenir a Covid-19?

Desde o início de 2020 o mundo tem mudado radicalmente devido a pandemia do novo coronavírus. O que ocasionou maior tendência a práticas alimentares inadequadas por parte dos indivíduos, e os comportamentos alimentares estão sendo fortemente associados à depressão, estresse e ansiedade, principalmente nesse período de quarentena e isolamento social.

Embora as estimativas de prevalência de compulsão alimentar variem, há evidências de que estas sejam mais comuns nos grupos de sobrepeso e obesidade, quando comparados a indivíduos com peso normal. Enquanto o mundo luta contra a pandemia da COVID-19, a pandemia de obesidade continua a ter um enorme impacto na saúde e mortalidade em geral

Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) constatou que um em cada quatro adultos acima dos 20 anos de idade estão obesos no Brasil. O número de pessoas com sobrepeso, dobrou entre 2003 e 2019, de 43,3% para 61,7%, além disso, a pesquisa considerou que os casos mais frequentes são em mulheres. 

A obesidade é um problema de saúde pública. Em todos os casos, o ideal é procurar um nutricionista. Dá para emagrecer sem recorrer a extremismos nutricionais.  

Além disso, é comprovado que sobrepeso é um fator de risco para desenvolvimento do estágio crítico do vírus.

Uma dieta rica em vitaminas e minerais, com ingestão adequada de frutas, legumes, verduras e fontes de proteína (como carnes, ovos, leguminosas e laticínios) — é capaz de contribuir para o adequado funcionamento do sistema imune e melhorar, assim, nossas defesas contra vírus e bactérias no geral.

Alguns nutrientes são especialmente bem vindos nesse aspecto. Podemos destacar as vitamina A, C, D e E, algumas vitaminas do complexo B, ferro, magnésio, zinco, selênio e os ácidos graxos ômega 3. Pesquisas no momento estão investigando até que ponto eles teriam impacto na Covid-19, mas não há nada de conclusivo por ora. De qualquer forma, recomendamos a inclusão de alimentos fontes dessas substâncias no dia a dia para qualquer pessoa que queira ter uma vida mais saudável.

Para entender melhor essa relação, podemos resumir que, basicamente, o desenvolvimento de doenças se deve ao ataque de micro-organismos (gripe, pneumonia, Covid-19…) ou a processos inflamatórios.

Para fazer frente a uma infecção ou inflamação, o organismo mobiliza células de defesa, o que resulta em maior gasto energético e maior necessidade de vitaminas, minerais e outros nutrientes. Fora isso, a alimentação tem impacto na microbiota intestinal, ou seja, nosso intestino saudável reflete em uma boa resposta imunológica.

A vitamina D, obtida pelo sol e de carnes, ovos e laticínios, por exemplo, auxilia o sistema imune porque participa da liberação de substâncias que combatem microorganismos e na formação de novas células. Alguns estudos sugerem que a deficiência dessa vitamina está associada a quadros mais sérios de Covid.

Temos evidências também de que minerais como o zinco ajudam a inibir a replicação de vírus, enquanto vitaminas como a E têm ação antioxidante. E o ômega-3, gordura de pescados e sementes, por sua vez, ajuda a modular processos inflamatórios.

           Mas tomar suplementos fortalece a imunidade? Quando utilizamos suplementos para completar a ingestão de macro e micronutrientes e quando a alimentação diária não é capaz de suprir nossas necessidades. Vale destacar que, para a maioria das pessoas, a adesão a uma dieta equilibrada e variada, com ingestão de todos os grupos alimentares, é suficiente para suprir as necessidades nutricionais.

No entanto, em situações específicas, de acordo com a fase da vida e a presença de deficiências graves ou enfermidades, a suplementação de vitaminas e minerais pode conferir benefícios. É importante lembrar, no entanto, que a suplementação deve ser realizada sob orientação de um profissional de saúde, médico ou nutricionista, pois assim como a deficiência, o consumo excessivo desses nutrientes pode ser prejudicial e até mesmo tóxico ao organismo.

Então nesse momento aposte em uma alimentação variada e balanceada em frutas, verduras, legumes, feijões, proteínas, gorduras boas (nozes, castanhas, amêndoas, amendoim, linhaça), aposte em alimentos ricos em fibras como aveia, opções integrais, a microbiota agradece e seu sistema imunológico sai fortalecido.