ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO: OS CUIDADOS NO INVERNO
A chegada do inverno – ou dos dias frios que antecedem – faz com que algumas doenças se tornem de ocorrências mais comuns em todas as espécies de animais domésticos.
Em cães, além das doenças respiratórias – que são as mais comuns –, os animais com problemas osteoarticulares como: artrose, calcificações na coluna ou hérnia de disco, passam a sentir mais dor neste período. A ocorrência de Cinomose (uma das viroses mais temidas em cães) aumenta consideravelmente; sendo que seus sinais mais comuns – febre intensa, secreções nos olhos e nariz – podem ser confundidos com gripe, o que torna esta doença ainda mais preocupante. A Traqueobronquite Infecciosa – Tosse dos Canis – é outro exemplo de doença muito comum no inverno, com alto poder de contágio. A tosse seca é o sintoma mais comum da doença, que pode se agravar para um quadro avançado com comprometimento do pulmão. Manter a vacinação em dia pode evitar o aparecimento destas e outras doenças. O uso de camas e roupas garante maior conforto a estes animais e são de extrema importância. Para cães que vivem fora de casa é importante garantir local adequado para que estes possam proteger-se do frio.
Em gatos, a doença mais comum é a Rinortaqueíte (Herpesvírus Felino). Geralmente, os gatos adquirem o vírus enquanto filhotes, sendo que 80% destes tornam-se portadores dela pelo resto da vida e os sinais clínicos aparecem em situações de baixa imunidade. Os principais sintomas são: espirros, secreção nasal e ocular, dificuldade respiratória e desidratação.
Outro problema durante os dias frios é que a sensação de sede diminui, comprometendo a hidratação dos animais. Os gatos são mais propensos e podem desenvolver cálculos nas vias urinárias, devido esta baixa ingestão de água.
As aves, apesar de possuírem as penas – excelente proteção contra o frio – sofrem com fatores como o vento e mudanças bruscas de clima ou umidade, o que pode causar algumas doenças como pneumonia e coriza. No inverno, geralmente, a umidade relativa do ar tende a ser baixa, aumentando os casos de irritações e infecções respiratórias. Manter as aves abrigadas, protegidas do vento ou correntes frias de ar é muito importante.
Os Roedores – hamster, porquinho da índia, gerbil, coelho – também podem sofrer com o inverno e desenvolverem doenças respiratórias, como a pneumonia, com sintomas como: espirros frequentes, letargia, falta de apetite e secreções nasais e oculares. Dependendo da espécie, uma boa camada de forração (serragem ou maravalha, papel ou outra) é o suficiente para que estes animais se protejam do frio. É muito importante mantê-los protegidos de correntes de ar e em ambiente protegido do frio extremo.
Já com os peixes e répteis, como são extremamente dependentes da temperatura ambiente – pecilotérmicos ou ectotérmicos –, a atenção e os cuidados devem ser redobrados. Nos peixes, muitas doenças podem surgir em decorrência à variação ou baixas de temperatura, e a morte por hipotermia é uma realidade. As tartarugas e outros répteis, devido ao baixo metabolismo durante os dias frios, param de se alimentar e entram em estado de torpor (uma espécie de pré-hibernação) o que pode levar à morte. O uso de aquecedores específicos é de extrema importância, de preferência os que possuem controle termostático (Termostatos), por serem mais precisos e reduzirem os riscos de oscilações e superaquecimento, já que estes trabalham de forma automática.
Procure informações com veterinários e/ou outros profissionais do ramo sobre os cuidados a serem tomados com seu animal de estimação. Lembre-se: poucos possuem conhecimento sobre animais silvestres ou exóticos e, principalmente, aquarismo.