AS CORES DA MORTE: O HOLOCAUSTO E SEUS DIVERSOS ALVOS (2-2)
Para identificar as massas que iam capturando, os nazistas dispunham meios de identificação, sendo o mais icônico de todos: cores e geometria – ou um símbolo geométrico associado a um determinado tom. Isso facilitava ver indivíduos em cada grupo fora dos campos, já que “usar triângulos coloridos nas suas vestes, cujas cores respondiam por seus endereços nem campos.” Somente um grupo usava um símbolo geométrico diferente dos mais cativos, todos os outros usavam triângulos. A seguir veremos o ícone-cor e seu respectivo grupo:
Estrela amarela: com uma representação bem forte, a sobreposição dupla de triângulos, indicava que era a “Estrela de Davi” – ou seja, esse era o grupo dos judeus;
Triângulo amarelo: o grupo dos chamados “parcialmente judeus”;
Triângulo vermelho: identificava os dissidentes de cunho político, ou ainda, os comunistas também;
Triângulo verde: aqui, os criminosos ordinários, ditos comuns – uma observação: caso os bandidos tivessem “ascendência ariana recebiam frequentemente privilégios especiais nos campos e poder sobre outros prisioneiros”;
Triângulo roxo: indicando um grupo religioso específico, no caso, as Testemunhas de Jeová (indo contra o belicismo nazista e mantendo sua fé);
Triângulo azul: o grupo destinado aos imigrantes;
Triângulo castanho: a cor que indicava o povo de origem cigana;
Triângulo negro: tanto representar os chamados “antissociais” (incluindo os alcoólatras), quanto homossexuais do sexo feminino (lésbicas);
Triângulo rosa: para identificar os gays (paradoxalmente, entre poderosos lideres do regime nazista, havia os que eram homossexuais);
Quantos morreram no Holocausto? Cerca de 6 milhões. Câmara de gás, fuzilamentos, fome, experiências de laboratório… de muitas formas diversos grupos sociais foram assassinados, tudo em nome de uma ideologia doentia, o nazismo (que assim como o stalinismo, são consideradas “religiões políticas ou históricas”. Os revisionistas tentam diminuir o número de mortos, enquanto alguns negam que o Holocausto tenha ocorrido (portanto, negacionistas). Logo na entrada do Campo de Extermínio de Auschwitz I, uma frase: “Arbeit macht frei”, ou seja: “O trabalho liberta” – o trabalho era ser escravo até a exaustão, e a liberdade era ter uma morte pelas mãos nazistas.
Porém, o Holocausto ocorreu e não pode ser esquecido, jamais. Ele representa pessoas que passaram pelo terror, e seus memoriais são dignos de reflexão. Revisitar a história nesses momentos tristes, e não permitir que isso se repita, jamais.
Periódico:
ADOLF Hitler. A estratégia de morte na II Guerra Mundial, n. 1. São Paulo: Discovery Publicações [s.d.].